A Novonor confirmou que recebeu uma proposta por sua fatia da Braskem, gigante do setor petroquímico, vinda de um veículo de investimento controlado por Nelson Tanure. A informação, que sacudiu o mercado nesta sexta-feira (23), ainda está sob avaliação, segundo comunicado oficial da empresa.
A proposta de Nelson Tanure, segundo a Novonor, depende de diligências e análises típicas de operações semelhantes e está em fase inicial de estudo. O colunista Lauro Jardim, de O Globo, antecipou a revelação, que impactou diretamente a Bolsa: as ações da Braskem (BRKM5) subiram 9,15% e fecharam a R$ 11,09.
O que pode mudar na estrutura de controle da Braskem?
Hoje, a Novonor — antiga Odebrecht — controla 50,1% das ações com direito a voto da Braskem. A Petrobras (PETR4) detém o restante. No entanto, qualquer movimentação envolvendo a fatia da Braskem deve ser aprovada também pelos bancos credores da Novonor: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.
Caso a negociação avance, como adiantou o jornal, a participação da Novonor pode cair para apenas 5%. O movimento pode representar uma reestruturação no comando da companhia.
Endividamento preocupa investidores?
No primeiro trimestre de 2025, a Braskem registrou uma dívida líquida de US$ 6,6 bilhões — um aumento de 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O número preocupa o mercado e levanta dúvidas sobre a capacidade de alavancagem da empresa em caso de mudanças de controle.