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Alimentos elevam percepção da inflação mesmo com renda em alta

A alta contínua nos preços dos alimentos tem elevado a percepção de inflação entre os consumidores brasileiros, mesmo com o avanço da renda. Dados do Ibre/FGV mostram que a alimentação tem sido o principal fator de pressão inflacionária no dia a dia, enquanto o aumento da renda ajuda a conter o pessimismo mais forte sobre a economia.
A imagem mostra vários alimentos para representar que os alimentos elevam percepção da inflação
Alimentos elevam percepção da inflação mesmo com renda em alta. Foto: Canva

Alimentos elevam percepção da inflação entre os brasileiros, mesmo com o aumento recente na renda. A persistente alta nos preços afeta diretamente a expectativa do consumidor.

Nos últimos meses, os preços dos alimentos subiram de forma consistente, e isso não passou despercebido. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a inflação esperada pelos consumidores subiu de 6,0% em setembro de 2024 para 6,6% em março deste ano, recuando levemente para 6,4% em abril.

Esse comportamento mostra como os alimentos elevam percepção da inflação, mesmo sem um salto generalizado nos preços. O IPCA — índice oficial de inflação — registrou alta de 5,53% no acumulado de 12 meses até abril. No mesmo período, o grupo alimentação e bebidas teve um aumento de 7,81%, reforçando a pressão sobre o orçamento das famílias.

Mais renda ajuda a conter pessimismo do consumidor

Apesar do encarecimento dos alimentos, o mercado de trabalho aquecido e a melhora da renda têm servido como contrapeso. Muitas famílias conseguem ajustar seus hábitos de consumo, trocando marcas ou produtos para manter o orçamento sob controle.

Assim, mesmo que alimentos elevem percepção da inflação, o avanço na renda ajuda a manter a confiança do consumidor em níveis mais equilibrados.

Veja mais detalhes sobre o impacto do preço dos alimentos na inflação no vídeo abaixo:

Percepção inflacionária segue ligada ao dia a dia

A expectativa para a inflação de longo prazo também mostra leve melhora. Após atingir 8,0% em fevereiro, o indicador caiu para 7,3% em abril. A queda indica que a população está menos preocupada com uma espiral inflacionária, mas continua sensível a itens básicos como comida.

Nesse contexto, a inflação nos alimentos tem peso direto na experiência cotidiana do brasileiro. Ir ao mercado e notar aumentos seguidos em itens essenciais reforça a sensação de perda de poder de compra.

Ou seja, mesmo que os dados macroeconômicos não indiquem um descontrole generalizado, o fato de que alimentos elevam percepção da inflação reforça a importância da estabilidade nos preços básicos para a confiança do consumidor.

Renda em alta não elimina desconforto com preços

O aumento na renda dos brasileiros é um fator positivo. No entanto, enquanto alimentos continuarem puxando os preços, a percepção de inflação permanecerá elevada. Isso mostra que o combate à inflação precisa ir além dos índices e considerar o que pesa de verdade no bolso da população.

Alimentos elevam percepção da inflação, e esse efeito só será neutralizado com medidas que garantam maior previsibilidade no custo de itens essenciais. O controle da inflação percebida passa por garantir acesso mais estável à alimentação.

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