O consumo em supermercados subiu 1,25% em abril, impulsionado por fatores econômicos e tendências de consumo no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo no varejo supermercadista registrou alta de 1,25% em abril ante março, reforçando a retomada do crescimento do consumo doméstico. Na comparação com abril de 2024, o avanço foi de 2,63%, evidenciando a resiliência do comportamento do consumidor brasileiro diante de oscilações econômicas.
Consumo em supermercados cresce com recuperação do varejo alimentício
O crescimento do consumo em supermercados aponta uma recuperação moderada, acompanhada por elevação no valor médio por transação.
Em março, o setor já havia mostrado força, com aumento de 6,96% nas vendas após uma retração em fevereiro. A expectativa da Abras é de que o Índice de Consumo em Supermercados (ICS) mantenha trajetória positiva até o fim de 2025, com projeção de alta anual de 2,7%. O desempenho acompanha a melhora de indicadores econômicos brasileiros, como o recuo da inflação geral e a estabilidade da renda.
Faturamento do setor supermercadista cresce com alta de preços
Apesar do avanço no consumo, o impacto da inflação no setor alimentício elevou os custos da cesta básica. Desse modo, a tradicional Cesta Abrasmercado, com 35 itens de primeira necessidade, alcançou o valor de R$ 819,20 em abril, refletindo um aumento de quase 11% em relação ao ano anterior.
Além disso, esse dado reforça a necessidade de uma análise de mercado de alimentos constante, especialmente diante da influência do câmbio e seu impacto no consumo, que encarece produtos importados. O faturamento do setor supermercadista tem sido sustentado por esse movimento, embora os consumidores reajustem suas escolhas com base em preços e promoções.
IOF e Selic entram no radar de investidores do varejo alimentar
Tributos e política monetária podem alterar o ritmo do consumo em supermercados e influenciar os investimentos no setor de varejo.
Desse modo, a Abras monitora o recente aumento do IOF sobre operações com fornecedores — medida que pode pressionar custos logísticos e preços finais. Além disso, a taxa Selic e consumo mantêm forte correlação: juros mais altos tendem a reduzir o poder de compra, o que impacta diretamente o consumo no varejo e as vendas no mercado de alimentos.