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Juros podem ficar altos por mais tempo com inflação nos EUA

A inflação nos EUA segue como fator-chave para os juros e mexe com os mercados. O núcleo do PCE em abril pode adiar cortes pelo Fed. No Brasil, o Ibovespa reage aos dados e ao PIB do 1T25, com expectativa de crescimento de 3,2% na base anual.
A imagem mostra um gráfico subindo para representar a inflação nos EUA
Juros podem ficar altos por mais tempo com inflação nos EUA. Foto: Canva

A expectativa em torno da inflação nos EUA volta a pressionar os mercados globais nesta sexta-feira (30). O índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal métrica inflacionária acompanhada pelo Federal Reserve, será decisivo para o rumo da taxa de juros nos próximos meses.

Segundo projeções de analistas, o núcleo da inflação nos EUA deve subir 0,1% em abril e acumular alta de 2,5% em 12 meses. O número é visto como um teste para as políticas monetárias do Fed. Uma leitura acima disso pode reforçar a ideia de que os juros continuarão altos por mais tempo.

Juros altos preocupam o mercado

Com os juros nos EUA já em patamar elevado, qualquer sinal de persistência inflacionária reduz as chances de cortes ainda em 2025. Isso aumenta a atratividade dos títulos do Tesouro americano e pressiona ativos de risco, como ações e moedas de países emergentes.

No Brasil, o Ibovespa abre o dia sob expectativa de volatilidade, em compasso com os dados externos. No último fechamento, o principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,25%, aos 138.533,70 pontos, influenciado também pela aversão ao risco global.

Veja mais detalhes sobre a inflação nos EUA e no Brasil no vídeo abaixo:

O que esperar do Ibovespa nesta sexta-feira

Além da inflação nos EUA, o PIB do primeiro trimestre de 2025 é destaque na agenda local. O dado, divulgado pelo IBGE, deve confirmar crescimento de 1,4% na comparação trimestral e 3,2% frente ao mesmo período do ano passado.

Esse resultado pode sustentar o otimismo com a economia brasileira e dar suporte ao Ibovespa, caso os dados americanos não venham acima do esperado. Também pesam sobre os negócios o prazo final para entrega do Imposto de Renda e o pagamento recorde de restituições, que somam R$ 11 bilhões.

Mercado acompanha a movimentação global

Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa. O Nikkei caiu 1,22% e o Hang Seng recuou 1,20%. Na Europa, os principais índices operam em alta moderada. Os futuros de Wall Street, por sua vez, indicam queda. O petróleo sobe e o dólar segue firme.

Para os analistas, a combinação entre inflação persistente nos EUA e um cenário fiscal brasileiro ainda frágil deve manter o câmbio pressionado nas próximas semanas. O dólar à vista fechou o último pregão cotado a R$ 5,6670.

Expectativas para o mercado

Com juros altos nos EUA e sinais mistos da atividade econômica global, investidores devem manter postura cautelosa no curto prazo. No Brasil, o desempenho do PIB e o ritmo das reformas fiscais seguirão no radar.

A performance do Ibovespa nesta sexta-feira dependerá do tom dos dados inflacionários americanos e da leitura que o mercado fará sobre a possibilidade de cortes nos juros globais ainda este ano.

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