Com a expansão do serviço de entrega no Brasil, muitos empreendedores enfrentam uma decisão essencial: vale a pena ter delivery próprio ou usar iFood? A resposta impacta lucros, fidelização e o modelo operacional do negócio.
Delivery próprio ou usar iFood: o que pesa na escolha?
Plataformas como iFood, Rappi e Uber Eats oferecem entrada imediata no mercado, com estrutura tecnológica, meios de pagamento e forte presença digital. Assim, para quem está começando, os aplicativos de entrega funcionam como vitrine e ajudam a validar o produto com agilidade.
Porém, as comissões — que chegam a 27% — comprometem a margem de lucro. Além disso, os restaurantes perdem acesso aos dados dos clientes, o que limita ações de fidelização de clientes e controle da experiência.
Delivery próprio: mais controle, fidelização e lucro
No modelo de delivery próprio, o empreendedor domina toda a operação: sistema de entrega, preços, logística, atendimento e marketing. Isso permite ações personalizadas, aumento de recorrência e fidelização direta.
Segundo dados Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o delivery deixou de ser uma alternativa pontual para se tornar um canal estratégico no setor de alimentação. Antes da pandemia, apenas 15% dos restaurantes faziam entregas, o que representava cerca de 10% da receita. Hoje, mais de 80% já operam com esse modelo, que passou a responder por 20% do faturamento. Em 2024, a entidade identificou que empresas que atuam com canal direto conseguiram ampliar suas margens operacionais. Apesar dos benefícios, essa estrutura exige investimentos em tecnologia, logística própria, embalagens resistentes e canais eficientes de atendimento, como o WhatsApp.
É fundamental também regularizar a operação com CNPJ, CNAE adequado, alvará de funcionamento, termos de uso e política de privacidade.
Como fazer a melhor escolha entre as opções de delivery
A pergunta vale a pena ter delivery próprio ou usar iFood? exige análise estratégica. Se o seu negócio tem base de clientes fiéis, o canal próprio gera mais retorno e autonomia. Já negócios em início de operação aproveitam melhor o tráfego dos aplicativos.
O caminho mais seguro, segundo especialistas, é começar com aplicativos e construir, em paralelo, um canal direto — migrando gradualmente os clientes para um ambiente próprio, com mais controle da operação e margem de lucro.
Como montar um delivery próprio eficiente
- Tecnologia no delivery: plataformas com pagamento, emissão de nota e rastreio;
- Sistema de entrega: entregadores próprios, parceiros ou terceirizados com frota própria;
- Marketing digital: Google Ads, redes sociais, cashback e programa de fidelidade;
- Atendimento via WhatsApp e site próprio: para gerar proximidade e controle;
- Embalagens térmicas e lacradas: segurança e experiência do cliente;
- Indicadores de desempenho: avalie tempo médio de entrega, avaliação dos pedidos e custo por entrega.
Considerações finais sobre as opções de serviço de entrega
Concluir se vale a pena ter delivery próprio ou usar iFood depende da estrutura, visão de longo prazo e público-alvo do negócio. Ambas as opções são viáveis, mas requerem planejamento e consistência.
Empresas que conciliam marketplace de food delivery com estrutura própria ganham o melhor dos dois mundos: alcance no início e fidelização com rentabilidade no médio prazo. Por isso, o serviço de entrega precisa ser tratado como parte estratégica do negócio — e não como um simples canal operacional.
E aí, você ainda ficou com dúvidas se vale a pena ter delivery próprio ou usar iFood?