A ação da Gerdau disparou nesta segunda-feira (2) após o governo dos Estados Unidos anunciar a elevação das tarifas de importação sobre produtos de aço e alumínio de 25% para 50%. A medida, assinada por Donald Trump, visa fortalecer a indústria americana, mas acabou beneficiando diretamente empresas com forte presença no país, como a Gerdau. Com metade de sua produção concentrada em território norte-americano, a companhia se destaca como uma das principais favorecidas no setor.
A valorização da ação da Gerdau na B3 reflete essa vantagem competitiva, ampliando o interesse de investidores atentos ao cenário internacional. Analistas apontam que a exposição da empresa ao mercado americano, combinada à alta do preço do aço nos EUA, cria uma oportunidade estratégica para os papéis da GGBR4, mesmo diante da desaceleração da demanda interna no Brasil.
Ação da Gerdau lidera ganhos com tarifas americanas
Por volta das 10h30, a ação da Gerdau subia 6,30%, cotada a R$ 16,21. Já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) avançava 5,74%, negociada a R$ 8,84. De acordo com o BTG Pactual, a companhia é diretamente beneficiada pelas novas tarifas sobre aço nos EUA, devido à sua grande exposição ao mercado americano. A capacidade produtiva da Gerdau nos EUA permite capturar ganhos com a alta do preço do aço nos EUA.
A análise técnica da GGBR4 mostra um potencial de valorização sustentado por fundamentos sólidos. Desse modo, o banco manteve recomendação de compra, com preço-alvo para a ação da Gerdau (GGBR4) em R$ 20, indicando possível valorização adicional diante do novo cenário.
Relação Gerdau com Trump impulsiona lucro operacional
A ação da Gerdau volta a ganhar destaque com o retorno das medidas protecionistas adotadas por Donald Trump. A relação com Trump já impulsionou a ação da Gerdau antes, e agora volta a favorecer sua valorização com o novo cenário na B3. Além disso, o lucro operacional da Gerdau, impactado positivamente pelo ambiente externo, permanece resiliente mesmo diante dos desafios do mercado brasileiro. Dessa forma, analistas estimam que cerca de 60% do EBITDA da Gerdau seja gerado pelas operações na América do Norte, o que sustenta o desempenho consistente da ação da Gerdau em meio à volatilidade econômica.
Investimentos da Gerdau nos EUA ampliam vantagem estratégica
Os constantes investimentos da Gerdau nos EUA são vistos como resposta estratégica às mudanças na política comercial dos EUA. Com presença robusta no setor industrial americano, a empresa consegue enfrentar as flutuações do mercado interno, enquanto aproveita oportunidades externas.
Além disso, o atual cenário pode redefinir a relação da Gerdau com o USMCA, o acordo comercial entre EUA, México e Canadá, ampliando o acesso a mercados vizinhos e fortalecendo sua posição competitiva.
Impacto das tarifas reforça ações da Gerdau na bolsa
O impacto das tarifas no setor siderúrgico afeta de formas distintas empresas globais. Desse modo, no caso da Gerdau, a estrutura diversificada e a produção em território americano reduzem riscos e aumentam margens. Assim, para analistas, a ação da Gerdau se destaca em um cenário de incerteza, especialmente quando comparada a concorrentes mais expostos às exportações de aço do Brasil, que podem perder competitividade.
Ação da Gerdau mantém tendência positiva com apoio internacional
Além disso, a tendência de valorização da ação da Gerdau deve continuar nas próximas semanas, impulsionada por fatores externos e pela performance consistente da GGBR4 na B3. Ademais, a análise técnica da GGBR4, somada a fundamentos sólidos e ao cenário internacional, torna a ação da Gerdau uma das mais atrativas atualmente.
