A logística reversa de pneus no Brasil já é uma das mais robustas do mundo. Liderado pela Reciclanip, o setor contabiliza 5,49 milhões de toneladas de pneus inservíveis corretamente destinados entre 2011 e 2024.
Além da gestão de resíduos, o setor avança em sustentabilidade. A ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), que representa 11 empresas — entre elas Bridgestone, Continental, Dunlop, Goodyear, Maggion, Michelin, Pirelli, Prometeon, Rinaldi, Titan e Tortuga — e 21 fábricas instaladas no Brasil, lidera ações que envolvem pesquisa, energia renovável, reuso de água e compostos ecológicos. Dessa forma, fortalece-se uma cadeia produtiva que alia inovação, eficiência e compromisso com a logística reversa de pneus.
Logística reversa de pneus é destaque global
A logística reversa de pneus ganhou corpo com a criação da Reciclanip em 2007. Desde então, a instituição voltada exclusivamente para a realização deste trabalho no país, opera cerca de mil pontos de coleta em todo o Brasil. Com isso, os resíduos são transformados em asfalto-borracha, tapetes, pisos industriais, solas de calçados e outros itens.
Além disso, empresas homologadas reutilizam o material em aplicações industriais, incluindo fornos de cimenteiras como combustível alternativo. O modelo brasileiro é considerado um dos mais eficientes do mundo na gestão de resíduos pós-consumo.
Conheça mais no vídeo sobre a logística reversa de pneus:
Em 2020, conforme dados da Reciclanip, foram destinadas de forma ambientalmente correta 380.312 toneladas de pneus inservíveis. Nesse sentido, segundo o Relatório de Pneumáticos do IBAMA, a meta de destinação foi superada em mais de 100%, o que reforça o comprometimento do setor com práticas sustentáveis.
Pneus sustentáveis ganham espaço no mercado
A logística reversa de pneus não é o único foco da indústria nacional. Por isso, as fábricas também adotam energia certificada (I-REC), caldeiras elétricas e reaproveitamento de vapor para reduzir a emissão de gases poluentes.
Ao mesmo tempo, nos processos produtivos, o reuso de água evita desperdício e amplia a eficiência. Já os compostos sustentáveis — como óleo de soja e casca de arroz — substituem matérias-primas fósseis, criando pneus mais ecológicos.
Por isso, a logística reversa de pneus é apenas parte de uma estratégia ampla. O setor demonstra, com fatos e números, que sustentabilidade e inovação podem caminhar juntas, gerando valor ambiental e social.