A exportação mundial de café somou 11,43 milhões de sacas de 60 kg em abril de 2025, queda de 5,46% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram exportadas 12,09 milhões de sacas. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o resultado marca o sétimo mês consecutivo de retração na safra 2024/25. O recuo reflete menor demanda global, alta nos custos logísticos e estoques elevados nos principais mercados consumidores. Países produtores também enfrentaram desafios climáticos e cambiais, o que influenciou a oferta e pressionou os embarques internacionais.
Exportação mundial de café recua também no acumulado da safra atual
A exportação mundial de café somou 11,43 milhões de sacas de 60 kg em abril de 2025, queda de 5,46% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram exportadas 12,09 milhões de sacas. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o resultado marca o sétimo mês consecutivo de retração na safra de café 2024/25. O recuo reflete menor demanda global, alta nos custos logísticos e estoques elevados nos principais mercados consumidores. Países produtores enfrentaram clima adverso e instabilidade cambial, reduziram a oferta e pressionaram embarques, o que afetou a receita cambial do café.
Exportação mundial de café recua também no acumulado da safra atual
A exportação mundial de café também apresenta retração no acumulado da safra de café 2024/25. De outubro a abril, os países exportadores enviaram 78,51 milhões de sacas ao exterior, 3,5% a menos que as 81,39 milhões embarcadas no mesmo período do ciclo anterior.
O desempenho revela ajuste no comércio da bebida, causado pela queda no consumo fora do lar e pelo aumento da concorrência entre origens exportadoras. Além disso, a variação nos preços e o alto custo dos fretes afetaram as exportações brasileiras, especialmente de café solúvel e torrado e moído.
Arábica cresce, mas robusta recua no mercado internacional
Nos últimos 12 meses até abril de 2025, a exportação mundial de café arábica cresceu 8,13%, totalizando 86,34 milhões de sacas. O avanço está relacionado à recuperação da produção de café no Brasil e ao aumento da demanda por café especial em mercados como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. Além disso, o aumento do preço do café arábica também contribuiu para impulsionar os embarques.
Por outro lado, os embarques de café robusta caíram 5,73%, passando de 52,66 milhões para 49,64 milhões de sacas no mesmo período. Desse modo, a queda na exportação mundial de café robusta reflete problemas climáticos no Vietnã, concorrência de híbridos e aumento do consumo interno. O impacto foi mais intenso em países com forte produção de café conilon, como o Brasil.
Expectativas para a exportação mundial de café até o fim da safra
Apesar da retração atual, especialistas avaliam que a exportação mundial de café pode ganhar fôlego nos próximos meses. Assim, a previsão de recuperação da demanda na Europa e o avanço da colheita no Brasil são fatores que podem equilibrar o mercado.
Ainda assim, o cenário permanece desafiador, com foco na instabilidade geopolítica e na volatilidade cambial. Desse modo, estratégias de diversificação de mercados, certificações de café sustentável e inovação na cadeia produtiva serão cruciais para aumentar a competitividade internacional do setor cafeeiro no mercado de commodities.
Monitoramento constante é essencial para o setor cafeeiro
Portanto, com a exportação mundial de café em queda, produtores, exportadores e investidores precisam acompanhar de perto os relatórios da OIC, as tendências de consumo e os movimentos dos preços internacionais. Ademais, a adoção de práticas mais eficientes, o fortalecimento da produção mundial de café e a ampliação do acesso a mercados premium podem ser diferenciais para manter a rentabilidade, mesmo diante de um ambiente global mais instável.