A fábrica da Coca-Cola no Ceará, pertencente à Solar Bebidas — controlada pelo ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) — interrompeu sua produção após determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A pasta adotou a medida na terça-feira (3/6), depois de um vazamento no sistema de resfriamento da unidade em Maracanaú.
Vazamento na fábrica da Coca-Cola no Ceará envolve etanol
O ministro Carlos Fávaro explicou que o sistema da fábrica utiliza etanol alimentício e cafeína. A suspeita é de que parte desse líquido tenha entrado em contato com os refrigerantes em produção. “Essa indústria não usa, até porque é proibido no Brasil, o monoetilenoglicol ou dietilenoglicol — se lembrem do caso que ocorreu em uma cervejaria alguns anos atrás — ela usa etanol alimentício no processo de resfriamento do refrigerante”, declarou Fávaro.
O MAPA isolou mais de 9 milhões de litros para análise na fábrica da Coca-Cola. Embora o ministério descarte risco à saúde, a legislação proíbe a venda de refrigerantes com qualquer quantidade de álcool.
Solar Bebidas mantém diálogo e reforça padrões de segurança
A fábrica da Coca-Cola no Ceará, operada pela Solar Bebidas, continuará fora de operação até que os testes comprovem a qualidade dos produtos. A empresa afirmou que tomou a decisão em alinhamento com o MAPA e iniciou testes rigorosos para garantir a segurança alimentar.
“Estamos empenhados em retomar as atividades o mais rápido possível. Seguimos protocolos sanitários rígidos e reafirmamos nosso compromisso com altos padrões internacionais”, informou a companhia, disse a Solar Bebidas.
A Solar destacou que seus produtos permanecem seguros e que as demais unidades continuam em operação.
Impacto da paralisação da fábrica da Coca-Cola no Ceará
A produção da Coca-Cola no Ceará abastece uma parte relevante do mercado nas regiões Norte e Nordeste. A Solar, maior engarrafadora de capital nacional da Coca-Cola, opera 44 centros de distribuição em 11 estados. Por isso, a paralisação temporária pode gerar impactos logísticos.
Apesar do episódio, especialistas destacam a resposta imediata das autoridades e da empresa. O caso evidencia o nível de exigência do Brasil quanto à segurança sanitária na indústria de alimentos e bebidas.
Investimento da Solar Bebidas
A Solar Bebidas anunciou, em 2024, um plano de investimento de R$ 5 bilhões em cinco anos, com foco na expansão das operações e construção de novas fábricas. Nesse aporte, a fábrica da Coca-Cola no Ceará também deverá receber recursos.









