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Itaú reduz preço-alvo da CSN em meio a pressão chinesa

Banco reduz projeções para ações da CSN e da CSN Mineração, citando pressão chinesa, minério estável e desafios no mercado de aço brasileiro.
Fachada da Itaúsa em destaque após corte no preço-alvo da CSN
Itaú BBA reduz projeção e revisa para baixo o preço-alvo da CSN. Foto: divulgação/Itaúsa

O preço-alvo da CSN foi revisado para baixo pelo Itaú BBA, refletindo desafios persistentes no mercado global de aço e minério de ferro. Em novo relatório divulgado ao mercado, o Itaú BBA reduziu o preço-alvo CSNA3 de R$ 12 para R$ 9 por ação.

A estimativa mais baixa reflete o cenário externo adverso, especialmente com o impacto da pressão chinesa no mercado de aço. Já a CSN Mineração (CMIN3) teve o preço-alvo ajustado de R$ 5,50 para R$ 4,80, com recomendação de venda mantida.

Perspectivas para o preço-alvo da CSN seguem limitadas

Os analistas destacam que o novo preço-alvo da CSN considera a projeção do preço minério de ferro estável em torno de US$ 95 por tonelada em 2025. Ao mesmo tempo, a guerra comercial entre China e EUA eleva a volatilidade no setor e intensifica as importações de aço subsidiado ao Brasil, pressionando a margem de lucro da CSN.

No caso da CSN Mineração (CMIN3), o desempenho também é afetado pelo câmbio. O relatório destaca o impacto no câmbio, ressaltando que a oscilação do dólar influencia diretamente os resultados e a competitividade da companhia no mercado externo.

Ações da CSN reagem com cautela no mercado

O mercado reagiu de forma moderada às recomendações do Itaú BBA. A recomendação da Itaú BBA para as ações segue neutra, diante da baixa expectativa de valorização. A empresa enfrenta desafios operacionais, mas também tenta manter atratividade com dividendos regulares, que seguem em avaliação conforme o caixa disponível.

Além disso, a companhia segue com alavancagem elevada, o que reduz a flexibilidade financeira e exige atenção na gestão de dívidas. Ainda assim, o banco considera possíveis melhorias no EBITDA, especialmente com ganhos operacionais no setor de cimento e logística, que podem contribuir para uma revisão positiva do preço-alvo da CSN no futuro.

Importação de aço pressiona o setor e dificulta projeções

A pressão chinesa no mercado de aço é um dos fatores centrais para o corte no preço-alvo da CSN e no preço-alvo CSNA3. A entrada de produtos com preços mais baixos, aliados a subsídios estatais, desequilibra a concorrência e gera dificuldades para o setor nacional. O impacto das tarifas antidumping também está no radar de analistas, que acompanham possíveis medidas do governo brasileiro para proteger a indústria local e conter os efeitos negativos sobre o desempenho financeiro da CSN.

Diante desse cenário, a análise fundamentalista revela uma companhia sólida em ativos, mas pressionada por fatores macroeconômicos externos. O impacto no desempenho das ações reforça a importância de observar indicadores como minério, câmbio e demanda global.

Avaliação do preço-alvo da CSN destaca riscos e oportunidades

O Itaú BBA reforça que o preço-alvo da CSN considera também os resultados mais recentes da companhia. Os resultados mostraram avanços em alguns segmentos, mas ainda aquém das expectativas do mercado. Por isso, o momento é de cautela.

No entanto, projetos de expansão da mineração da CSN continuam em andamento, com foco no aumento da capacidade e maior eficiência nas operações. Além disso, se bem-sucedidos, esses investimentos podem gerar valor no médio prazo e influenciar positivamente o preço-alvo da CSN, ajudando a reverter parte das pressões atuais.

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