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Preços de peixes nos EUA devem subir com novas tarifas

Relatório da ONU alerta que tarifas, logística cara e mudanças climáticas devem manter os preços de peixes nos EUA em alta nos próximos meses.
Funcionários trabalham em fábrica de processamento, refletindo impacto nos preços de peixes nos EUA
A recente tarifa de importação de 10% a 30% sobre alimentos marinhos, anunciada pelo governo Trump, afeta diretamente os preços de peixes nos EUA. Foto: DALL.E

Os preços de peixes nos EUA devem registrar alta nos próximos meses, segundo relatório da ONU, que aponta tarifas e mudanças climáticas como principais causas da elevação dos custos. A crescente guerra comercial EUA-China e fatores ambientais, como a sobrepesca, devem pressionar os preços dos frutos do mar no mercado americano.

Segundo a UNCTAD, agência da ONU, os EUA enfrentam dificuldade para atender à demanda local, o que amplia a dependência do mercado de importação dos EUA, estimado em US$ 16 bilhões por ano em pescados.

Tarifas impactam os preços de peixes nos EUA

A recente tarifa de importação de 10% a 30% sobre alimentos marinhos, anunciada pelo governo Trump, afeta diretamente os preços de peixes nos EUA. A importação de peixes tornou-se mais cara, enquanto a produção interna permanece limitada por questões ambientais e logísticas.

O impacto das tarifas de importação é agravado pela demora nos ciclos produtivos da aquicultura. Por exemplo, as fazendas de salmão operam com um ciclo de até três anos, o que torna difícil ampliar rapidamente a oferta e agrava os preços de peixes nos EUA, já pressionados pela demanda elevada e limitações na produção interna.

Além disso, as tarifas comerciais dos EUA sobre aço e alumínio elevam custos de transporte e encarecem a construção naval, dificultando a logística global. Essa combinação eleva os preços de alimentos nos EUA, pressionando o custo de vida nos EUA, especialmente nas regiões mais dependentes de frutos do mar.

Brasil deve buscar novos destinos para pescados

Com o cenário instável, países como o Brasil, que exporta cerca de 55% de seus pescados para os EUA e China, tendem a redirecionar suas vendas. O custo do peixe no Brasil, embora menor que o americano, pode ser afetado pela nova demanda interna e externa.

A tendência é que os exportadores busquem novos acordos no comércio internacional, avaliando o câmbio e comércio internacional para garantir competitividade. O fortalecimento de mercados alternativos reduz a oferta externa aos EUA, pressionando os preços de peixes nos EUA devido às tarifas e restrições logísticas.

Cadeia logística pressiona ainda mais os preços

Segundo o relatório, o setor pesqueiro global enfrenta desafios com infraestrutura, rotas comerciais e políticas tarifárias. Com os gargalos logísticos e custos em alta, o consumidor americano verá impacto direto nos supermercados.

A elevação nos preços de peixes nos EUA ocorre num contexto em que a inflação de alimentos nos EUA preocupa consumidores e analistas. Além disso, há expectativa de que a previsão de preços de alimentos siga em alta nos próximos meses, afetando não apenas o peixe, mas toda a cadeia de proteína animal.

Preços de peixes nos EUA sobem com clima e tarifas

Por fim, o relatório da ONU conclui que os preços de peixes nos EUA devem permanecer elevados devido à combinação entre mudanças climáticas, políticas comerciais agressivas e limitações na produção local. O aumento de preços nos EUA é um reflexo direto do desequilíbrio entre oferta e demanda, reforçado pelas medidas tarifárias.

Dessa forma, os impactos vão além dos pescados, atingindo todo o setor pesqueiro global e contribuindo para a elevação do custo de vida nos EUA. A evolução do cenário dependerá da resolução de disputas comerciais, das condições ambientais e da adaptação das cadeias logísticas internacionais.

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