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Bolsonaro diz que enviou R$ 2 milhões para filho ‘não passar necessidade’ nos EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro enviou R$ 2 milhões para seu filho, Eduardo, nos EUA, alegando que a quantia garantiria que ele não passasse "necessidades". A investigação da Polícia Federal, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, levanta suspeitas sobre articulações políticas. O caso, ligado à Lei Magnitsky e aliados de Donald Trump, pode agravar a tensão entre os Poderes no Brasil.
Financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA representado por Jair Bolsonaro diante de dólares
A PGR destaca que o próprio Eduardo Bolsonaro tornou pública, por meio de vídeos e postagens, sua articulação com o governo dos EUA. (Imagem Ilustrativa)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (05/06), durante a investigação sobre ofinanciamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA. Ele afirmou ter enviado R$ 2 milhões (cerca de US$ 350 mil) ao filho, deputado licenciado, alegando que o valor garantiria sua permanência nos Estados Unidos sem que passasse por “necessidade”.

A Polícia Federal abriu o inquérito por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração considera a suspeita de que Eduardo articulou, no exterior, sanções contra autoridades brasileiras. Além disso, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as ações envolveriam a chamada Lei Magnitsky, frequentemente utilizada em casos de violação de direitos humanos.

Financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA expõe articulação política

O envio de recursos por Bolsonaro ao exterior passou a ser analisado com mais profundidade. Conforme o Ministério Público, o financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA pode estar vinculado a ações coordenadas com aliados do presidente Donald Trump. Essas iniciativas visariam pressionar o STF, a própria PGR e agentes da Polícia Federal.

A PGR reforça que o próprio Eduardo divulgou, em vídeos e publicações, sua atuação junto ao governo norte-americano. Nesse cenário, o apoio financeiro de Jair Bolsonaro ao filho passou a ser considerado um possível interferência política internacional. Desde março, o deputado se licenciou da Câmara para permanecer nos Estados Unidos.

Além disso, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) foi ouvido pela PF. Ele havia solicitado a abertura da investigação, com base nas declarações públicas de Eduardo. O inquérito também buscará esclarecer se ocorreu com propósito familiar ou com objetivo de sustentar as articulações no exterior.

Confira o vídeo com mais detalhes sobre o depoimento de Jair Bolsonaro a respeito do possível financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA:

Repasses ao filho nos EUA têm potencial jurídico e político

Para o procurador-geral Paulo Gonet, o financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA possui dimensão estratégica. Além disso, ele aponta a existência de um “manifesto tom intimidatório” nas ações do deputado, especialmente por envolver pressão contra instituições brasileiras com respaldo internacional.

Outro ponto relevante na investigação é se o dinheiro enviado por Bolsonaro ao filho garantiu sua permanência nos EUA com objetivos políticos e jurídicos. Nesse cenário, o caso pode avançar para responsabilizações formais, caso se confirme o uso indevido dos recursos.

A Pesquisa da Quaest mais recente revelou a alta rejeição a Lula e Bolsonaro em 2026: 66% não apoiam a reeleição de Lula e 65% rejeitam o retorno de Bolsonaro.

Por fim, mais esse episódio reforça a crescente internacionalização de disputas institucionais brasileiras. O financiamento de Eduardo Bolsonaro nos EUA, portanto, ultrapassa o âmbito familiar e ganha relevância geopolítica.

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