Após meses de impasse e medidas de retaliação, EUA e China fecham acordo para amenizar restrições sobre exportações de terras raras. A medida também busca conter tarifas que pressionavam cadeias globais. O entendimento, firmado em Londres, não encerra todas as divergências. Mas representa um avanço relevante para reequilibrar a relação comercial entre as duas maiores economias do mundo.
EUA e China fecham acordo e alivia pressões sobre terras raras e semicondutores
O novo entendimento prevê a suspensão parcial de medidas restritivas impostas nos últimos meses. EUA e China fecham acordo que permitirá a retomada controlada da exportação de minerais e ímãs essenciais, como os usados em veículos elétricos e turbinas industriais, além de flexibilizar o envio de softwares e componentes críticos. Empresas chinesas, como a JL MAG e a Innuovo Technology, já começaram a obter licenças de exportação, sinalizando que as medidas estão sendo implementadas na prática.
EUA e China fecham acordo e trégua temporária evita aumento de tarifas bilaterais
Se não houvesse avanço até agosto, tarifas que hoje variam entre 30% e 125% poderiam voltar a subir drasticamente. Com o novo posicionamento, EUA e China fecham acordo que cria uma “janela de respiro” para os setores impactados. Embora a estrutura ainda precise de aprovação final pelos presidentes dos dois países, o consenso alcançado representa uma tentativa clara de evitar nova escalada nas tensões tarifárias iniciadas ainda no governo Trump.
Cadeias globais ganham fôlego, mas incertezas continuam
Ainda que EUA e China fechem acordo, os impasses estruturais persistem. Reclamações antigas dos EUA sobre o modelo econômico chinês e práticas estatais não foram resolvidas. No entanto, o movimento abre espaço para negociações mais amplas, com potencial de reduzir o impacto sobre cadeias globais de produção, especialmente nos setores de energia limpa, aviação e tecnologia de ponta.
Assista esse vídeo sobre a matéria:
O que esperar a partir de agora?
O cenário continua delicado, mas o fato de fecharem acordo mostra disposição em evitar novos choques comerciais. Com os mercados atentos a qualquer sinal de instabilidade, medidas que tragam previsibilidade são bem-vindas. O próximo passo será a formalização do acordo nos respectivos governos, o que pode definir o rumo das negociações até o fim do ano.