Um estudo da CNI aponta que os investimentos privados em infraestrutura devem responder por 72,2% do total aplicado no Brasil até o final de 2025. A estimativa considera aportes da iniciativa privada em setores como energia elétrica, transporte e saneamento básico.
Segundo a projeção, o total investido deve alcançar R$ 277,9 bilhões em 2025. Isso representa 2,21% do PIB brasileiro. A maior parte do crescimento virá de projetos estruturados em contratos de longo prazo, com forte participação de empresas privadas.
Setores com mais recursos de investimento privado
Sobre investimentos privados em infraestrutura, a energia elétrica lidera os aportes com R$ 112,8 bilhões. Em seguida aparecem os transportes (R$ 84,6 bilhões), o saneamento básico (R$ 41,1 bilhões) e as telecomunicações (R$ 28,3 bilhões).
Em 2024, os investimentos privados em infraestrutura já representaram 70,5% do total. Desde 2019, o setor privado responde por mais de 70% dos recursos aplicados em infraestrutura no país, superando as limitações orçamentárias do setor público.
Investimentos privados em infraestrutura ainda enfrentam desafios
Mesmo com avanço consistente, os investimentos privados em infraestrutura ainda esbarram em desafios. A CNI alerta para entraves como a burocracia regulatória, os processos lentos de licenciamento ambiental e a baixa eficiência na execução pública.
Ramon Cunha, especialista da CNI, ressalta que o país precisa dobrar os aportes no setor nos próximos 20 anos. Ele defende um ambiente mais atrativo para o capital privado e maior estabilidade institucional.
Assista o vídeo para complementar o entendimento do assunto:
Brasil precisa tratar a infraestrutura como política de Estado
A ampliação dos investimentos privados em infraestrutura depende de planejamento estratégico, segurança jurídica e políticas públicas de longo prazo. Atrair mais capital exige clareza nos contratos, retorno previsível e confiança nas regras do jogo.
A CNI reforça que o Brasil deve priorizar a infraestrutura em sua agenda nacional. O estudo recomenda critérios técnicos na seleção de projetos, regulação aprimorada e fortalecimento das agências reguladoras.
