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Superávit comercial da zona do euro recua com tarifas

Exportações em queda e tarifas dos EUA derrubam o superávit comercial da zona do euro em abril, segundo dados oficiais divulgados pela Eurostat.
Gráfico mostra queda no superávit comercial da zona do euro em abril de 2025
Superávit comercial da zona do euro recua pela metade em abril, segundo a Eurostat. Foto: Canva.

O superávit comercial da zona do euro recuou fortemente em abril, refletindo o impacto das tarifas de importação e o enfraquecimento da demanda global por produtos europeus. Dados da Eurostat apontam que o superávit comercial da zona do euro, ajustado sazonalmente, caiu para 14 bilhões de euros em abril. No mês anterior, o saldo positivo havia sido de 28,8 bilhões de euros, o que indica uma redução de mais de 50% no período.

Queda no superávit comercial da zona do euro é puxada pelas exportações

O desempenho das exportações foi o principal fator por trás da queda no superávit comercial da zona do euro. Em abril, os embarques do bloco caíram 8,2% em relação a março, afetados principalmente pelas tarifas comerciais dos EUA e pela desaceleração econômica na Ásia. Já as importações também recuaram, mas em ritmo mais brando, com queda de 3%, o que não impediu o encolhimento do saldo comercial.

Segundo analistas, o impacto das tarifas impostas pelo governo Trump continua refletindo nos fluxos de comércio, mesmo após mudanças nas políticas tarifárias. Além disso, a menor demanda da China e de outros mercados asiáticos pressiona as exportações industriais da Alemanha, França e Itália — as maiores economias do bloco.

Comércio exterior europeu sente efeito das tarifas

No resultado sem ajustes sazonais, o superávit comercial da zona do euro foi de 9,9 bilhões de euros em abril. Assim, o número representa uma queda em relação aos 13,6 bilhões registrados no mesmo mês de 2024, reforçando o quadro de fragilidade nas trocas internacionais.

Setores como automóveis, máquinas e produtos químicos registraram as maiores quedas. Ademais, as sanções comerciais cruzadas, o fortalecimento do euro e os gargalos logísticos ainda persistentes contribuíram para o desaquecimento da balança comercial.

Perspectivas para o comércio externo seguem moderadas

Apesar da retração no superávit comercial da zona do euro, economistas esperam uma leve recuperação no segundo semestre, impulsionada por acordos comerciais em negociação com países da América Latina e Sudeste Asiático.

Dessa forma, embora os números recentes gerem preocupação, a Comissão Europeia reforça que estratégias de diversificação de mercados e incentivos à produção exportadora estão em curso para mitigar os efeitos das tarifas e recuperar o fôlego do setor externo.

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