O consumo de energia do Palácio da Alvorada equivale ao necessário para manter funcionando, por uma semana, um dos maiores festivais de música do mundo: o Rock in Rio. A comparação, publicada por O Globo neste domingo (15/06), destaca a disparidade entre os custos da residência oficial e os padrões de consumo comuns no setor público.
Com despesas mensais de R$ 380 mil em limpeza e R$ 114 mil em água, o Palácio da Alvorada também demandou R$ 1,7 milhão em manutenção ao longo de 2024. Assim, esses dados acendem o alerta sobre a necessidade de revisão e transparência nos gastos da administração federal.
Estrutura luxuosa e o consumo de energia do Palácio da Alvorada
O palácio, com 36 mil m² de área total, dispõe de seis suítes, piscina semiolímpica, cinema, biblioteca com mais de 3 mil obras, heliponto, bar e capela. Essa infraestrutura justifica, em parte, o elevado consumo de energia do Palácio da Alvorada, operado diariamente por 40 funcionários fixos.
Essa estrutura, além de representar o poder institucional, funciona como uma instalação de alto padrão, exigindo cuidados comparáveis aos de um resort ou museu histórico. A climatização, por exemplo, conta com 50 aparelhos de ar-condicionado.
Palácio da Alvorada e o impacto no orçamento público
A dimensão e a operação da residência oficial impactam diretamente o orçamento da Presidência, incluindo o consumo de energia do Palácio da Alvorada. A escolha por manter o imóvel em funcionamento, mesmo com alternativas mais simples como o Jaburu ou a Granja do Torto, gera debates sobre racionalidade administrativa.
Nos anos 1980, por falha no projeto, o excesso de calor impedia reuniões diurnas. Em 1986, o presidente Sarney só pôde reunir sua equipe à noite para discutir o Plano Cruzado. A modernização dos sistemas elétricos desde então não eliminou o alto consumo de energia do Palácio da Alvorada, que permanece acima da média.
Ex-moradores do Alvorada
Lula será o presidente com maior tempo de moradia no Alvorada, somando 12 anos ao fim de 2026. Outros chefes do Executivo, como Collor e Itamar, recusaram a residência.
Michel Temer chegou a dizer: “O Alvorada parece um grande escritório. O Jaburu tem cara de casa”.
Consumo de energia do Palácio da Alvorada e transparência fiscal
A recorrência dos gastos elevados leva analistas a defenderem o uso de métricas de eficiência para avaliar a continuidade da atual estrutura. O consumo de energia do Palácio da Alvorada, somado às despesas com manutenção e segurança, deve estar sujeito a auditoria constante e divulgação clara aos contribuintes.