O Brasil avançou da 62ª para a 58ª posição no ranking mundial de competitividade de 2025, publicado pelo IMD em parceria com a Fundação Dom Cabral. Esse é o melhor resultado desde 2021, mas o avanço não representa uma transformação estrutural. O país continua entre os últimos colocados no grupo de 69 nações avaliadas.
Apesar da melhora em alguns indicadores econômicos, os principais gargalos permanecem. A alta taxa de juros, a baixa qualificação profissional e a carga tributária complexa ainda dificultam o crescimento sustentável.
Brasil avança em desempenho econômico no ranking mundial de competitividade 2025
Segundo o levantamento, o país subiu da 38ª para a 30ª posição em desempenho econômico. Destacou-se no fluxo de investimento direto estrangeiro (5º lugar) e crescimento do emprego de longo prazo (7º).
Contudo, o Brasil teve fraco desempenho em exportações de serviços (67º), receitas de turismo (66º) e relação comércio/PIB (65º). Isso mostra a dependência do país das commodities, em vez de tecnologia e conhecimento.
Ranking mundial de competitividade 2025 expõe gargalos em infraestrutura e educação
O Brasil ficou em 58º lugar em infraestrutura, repetindo a colocação do ano anterior. Destacou-se em energias renováveis (5º) e custo de telefonia móvel (15º), mas teve desempenho ruim em educação primária (68º) e gestão (67º).
Esses resultados evidenciam que uma base educacional frágil limita diretamente a inovação e a produtividade. Sem avanços concretos, o Brasil terá dificuldade para melhorar sua posição no ranking mundial de competitividade de 2025 e nos anos seguintes.
Governança e crédito são entraves persistentes
Na eficiência governamental, o Brasil aparece em 68º lugar, à frente apenas da Venezuela. O relatório destaca o custo de capital, o protecionismo e as finanças públicas como pontos negativos.
A dívida corporativa e o acesso ao crédito colocam o país na posição avaliada. Assim, isso limita a expansão das empresas e inibe investimentos em inovação e tecnologia.

O que o ranking mundial de competitividade de 2025 revela sobre o futuro do Brasil
Para Hugo Tadeu, da Fundação Dom Cabral, o país precisa abandonar a agenda de curto prazo baseada em commodities. Ele defende reformas estruturais voltadas à abertura comercial, simplificação tributária, fortalecimento do mercado de capitais e capacitação profissional.
Assista o vídeo sobre os países mais ricos:
Segundo ele, o Brasil só subirá de forma consistente no ranking mundial de competitividade de 2025 e nos próximos rankings se adotar uma estratégia nacional de longo prazo. Competitividade exige mais do que desempenho pontual: exige visão de país.