A ata do Copom de junho de 2025, divulgada nesta segunda-feira (24/06), detalha a decisão do Banco Central do Brasil de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando-a a 15% ao ano. Portanto, o conteúdo reforça o fim de um ciclo iniciado em setembro de 2024 e projeta mudança de orientação na condução da política monetária.
Esse é o maior patamar desde 2006. Além disso, a ata do Copom mostra que a alta dos juros ainda não foi totalmente absorvida e que os efeitos sobre o consumo devem ocorrer nos próximos meses.
Ata do Copom de junho de 2025 marca fase de vigilância monetária
A ata do Copom de junho sinaliza que a taxa básica será mantida em nível contracionista por tempo suficiente para garantir a convergência da inflação. Ainda que a atividade econômica mostre força, o comitê considera necessário aguardar os desdobramentos nos principais indicadores.
Por isso, o mercado financeiro interpretou o conteúdo do texto do Copom como uma pausa estratégica, não definitiva, mas que marca uma virada no tom da política monetária brasileira.
Documento do Copom destaca riscos fiscais e externos
Entre os principais pontos da ata do Copom de junho, estão os riscos geopolíticos envolvendo o Oriente Médio e a volatilidade nos preços do petróleo. Internamente, o relatório do Comitê reforça a importância da disciplina fiscal como fator de estabilidade e ancoragem das expectativas.
Além disso, o Banco Central avalia que a política monetária precisa continuar restritiva até que a trajetória da inflação se mostre compatível com as metas estabelecidas para 2025 e 2026.
Projeções do Focus e impacto da ata do Copom no mercado
De acordo com o Boletim Focus, divulgado após a ata do Copom de junho, o mercado prevê Selic em 15% até dezembro, com redução para 12,5% apenas em 2026. Nesse sentido, a inflação projetada é de 5,2% este ano e 4,5% no próximo.
Ainda segundo o relatório, o PIB brasileiro deve crescer 2,2% em 2025. Por fim, esses dados reforçam a cautela adotada no relatório e mostram que a percepção do mercado foi diretamente influenciada pelo novo tom do documento do Copom.
Dados da economia argentina vs brasileira
Entender as projeções do Copom é importante, mas também vale comparar com outras economias, como a Argentina. O Economic News Brasil publicou uma matéria com levantamento exclusivo sobre PIB, inflação e juros dos dois países.