O Grupo Mapa pode se tornar o novo controlador da Casas Bahia (ações BHIA3) ainda em 2025. A Mapa Capital anunciou nesta sexta-feira (27/06) a assinatura de um memorando de entendimentos não vinculante com o Bradesco e o Banco do Brasil. O objetivo é transferir para o grupo a totalidade das debêntures conversíveis em ações da 2ª série da 10ª emissão, emitidas pela varejista.
As debêntures são simples, com garantia real, e atualmente pertencem aos dois bancos. A operação prevê sua conversão em ações ordinárias, conferindo ao Grupo Mapa participação majoritária na companhia, caso aprovada.
Novo controlador da Casas Bahia prevê conversão das debêntures BHIA3
O fato relevante publicado pela Casas Bahia, também nesta sexta-feira, informa que a conversão das debêntures está condicionada à aprovação prévia do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e à assembleia geral de debenturistas da segunda série, marcada para segunda-feira (30/06).
A proposta inclui ainda a antecipação do período de conversão, conforme definido na escritura de emissão. Se aprovada, a conversão poderá ocorrer até o final de agosto de 2025, transformando o Grupo Mapa oficialmente no novo controlador da Casas Bahia.
Mercado projeta impactos nas ações BHIA3 e governança
A operação se insere em uma estratégia de reestruturação financeira, comum entre grupos que atuam com aquisição de empresas no setor de varejo brasileiro. A Mapa Capital tem histórico de reposicionar ativos com dificuldades por meio de capital estruturado.
Caso a conversão se concretize, a mudança na governança corporativa abrirá espaço para novos investimentos em varejo e poderá impactar diretamente a cotação das ações BHIA3, atualmente negociadas sob forte volatilidade.
O mercado acompanha com atenção os próximos passos da assembleia, do Cade e do Grupo Mapa, que pode assumir o controle de uma das maiores redes varejistas do país.
No 1º trimestre de 2025, a Casas Bahia (BHIA3) teve prejuízo de R$ 408 milhões, alta de 56,3% frente a 2024. A receita líquida, porém, cresceu 10,1%, somando R$ 6,9 bilhões.