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BC identifica falhas na venda de ativos do Banco Master ao BRB

O Banco Central identificou irregularidades na venda de ativos do Banco Master ao BRB, gerando preocupações no mercado. Problemas contábeis e créditos vencidos podem comprometer a legalidade da transação. A operação não homologada pode ter manipulado indicadores de solvência, afetando a confiança dos investidores. A situação exige uma revisão das práticas de transparência.
Fachada interna do Banco Master, foco de investigação sobre irregularidade na venda de ativos ao BRB
O Banco da Amazônia (Basa) adquiriu R$ 39 milhões em títulos do Banco Master em 2024, mesmo sem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). (Foto: Divulgação)

O Banco Central identificou irregularidades na venda de ativos do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB), em operação ainda não homologada. A análise técnica detectou problemas na estrutura contábil e jurídica do negócio, revelando distorções que podem comprometer a legalidade da transação.

Irregularidade na venda de ativos do Banco Master levanta dúvidas no mercado

Conforme publicado pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, o Master teria transferido ao BRB carteiras de crédito compostas por cédulas de crédito bancário (CCBs) utilizadas como substitutas contratuais — um modelo não previsto legalmente para esse tipo de operação. Além disso, parte dos créditos transferidos estaria vencida ou vencendo em prazo inferior ao acordado, o que levantou suspeitas sobre a veracidade dos critérios de avaliação dos ativos.

Governo adquiriu R$ 39 mi em títulos de risco do Master em 2024

Outro fator na venda de ativos do Banco Master é o histórico recente de transações com entes públicos. Em 2024, o Banco da Amazônia (Basa) adquiriu R$ 39 milhões em letras financeiras do Banco Master, mesmo sem cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito e com rating BBB, considerado abaixo do nível ideal para bancos públicos.

As aquisições ocorreram em abril (R$ 25 milhões) e junho (R$ 15 milhões), segundo informou o próprio Basa. Na ocasião, analistas já apontavam o risco elevado da emissão, que contrariava os padrões de segurança adotados por bancos públicos. Além disso, a informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Por outro lado, para analistas do setor, a possível irregularidade na venda de ativos do Banco Master revela fragilidades na fiscalização de operações entre instituições privadas e públicas. Nesse sentido, o episódio reforça a necessidade de critérios mais rígidos nas aquisições de carteiras de crédito.

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