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Fusão Soma e Arezzo: entenda os bastidores do impasse e o novo acordo que destrava a operação

Desde agosto de 2024, a fusão entre os grupos Soma e Arezzo gerou expectativas. A criação da Azzas 2154 trouxe impasses de gestão entre Roberto Jatahy e Alexandre Birman. Um novo acordo de governança pode reintegrar as marcas, com a pacificação entre os executivos sendo bem recebida pelo mercado. Descubra como essa reestruturação impactará o futuro da companhia e do setor de moda.
Roberto Jatahy e Alexandre Birman, sócios na fusão Soma e Arezzo
Roberto Jatahy e Alexandre Birman, sócio na fusão Soma e Arezzo

A fusão Soma e Arezzo, oficializada em agosto de 2024, prometia formar um dos maiores conglomerados da moda brasileira. No entanto, bastidores revelaram desentendimentos entre os executivos Roberto Jatahy (Grupo Soma) e Alexandre Birman (Arezzo), que colocaram a união em xeque e travaram os ganhos esperados de sinergia.

Desde o anúncio da criação da Azzas 2154, o mercado acompanha com cautela os efeitos da fusão. Apesar da expectativa de consolidação no setor de moda e varejo, os estilos de gestão distintos entre os sócios criaram um cenário de tensão crescente, que atingiu seu ápice em março de 2025.

O que travou a integração entre os sócios?

Fontes de mercado apontam que o principal entrave na fusão Soma e Arezzo foi o excesso de proteção dado às unidades originais das empresas. O acordo de acionistas estruturado no início do processo acabou criando barreiras à integração. A Azzas 2154 operava como quatro companhias distintas, o que dificultou a gestão de fusões e atrasou a obtenção de sinergias.

As diferenças de estilo também pesaram. Birman é conhecido pela centralização e foco em resultados financeiros, enquanto Jatahy valoriza a autonomia criativa das marcas e a eficiência administrativa. Essa incompatibilidade de gestão gerou especulações de ruptura, afetando diretamente as ações da Azzas, que chegaram a cair mais de 10%.

Novo acordo destrava a fusão Soma e Arezzo

Na segunda-feira (30/06), a empresa comunicou ao mercado um novo acordo entre os sócios, considerado essencial para o avanço da fusão Soma e Arezzo. O conselho de administração será reduzido de nove para sete membros, e o executivo Nicola Calicchio Neto assumirá a presidência, substituindo Pedro Parente.

Na videoconferência, os dois executivos admitiram que o modelo original de integração falhou. O acordo de acionistas foi “engavetado”, e a governança será reformulada para permitir maior colaboração entre as partes.

Reação positiva e expectativas do mercado

A sinalização de estabilidade animou os investidores. As ações da Azzas subiram 4,70% no dia do anúncio.

Para Pedro Brandão, CEO da CredÁgil, o acordo pode “alavancar valor na companhia, já que os investidores vinham acompanhando com preocupação o atraso na reorganização societária da fusão“, disse o especialista.

A expectativa agora é que a nova governança acelere os ganhos e concretize as promessas feitas com a fusão Soma e Arezzo. Com marcas como Farm, Animale, Reserva, Hering e Arezzo sob o mesmo grupo, o potencial de crescimento permanece alto — desde que os sócios sigam alinhados.

Com faturamento combinado de aproximadamente R$ 12 bilhões, a fusão Soma e Arezzo se consolida como uma das maiores operações já realizadas entre duas marcas de grande porte no país

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