Na quinta-feira (03/07/2025), o dólar e o Ibovespa mostraram reações distintas diante dos recentes sinais de aperto monetário global. A moeda americana caiu 0,29%, encerrando em R$ 5,405, atingindo seu menor nível em mais de um ano. Já o Ibovespa rompeu recorde, avançando 1,35%, aos 140.928 pontos.
Esse desempenho reflete a leitura do mercado diante de juros elevados no Brasil e nos EUA, e reforça como o comportamento do dólar e Ibovespa está sensível a mudanças no cenário fiscal e monetário.
📉 Dólar e Ibovespa sentem efeitos dos juros altos
A ata do Federal Reserve divulgada na quarta-feira reafirmou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo. Isso limita a liquidez global e costuma afetar negativamente países emergentes. Paralelamente, a decisão do Copom de elevar a Selic para 15% também impactou a dinâmica dos mercados.
- 📉 Dólar comercial caiu 0,29% e fechou a R$ 5,405
- 📈 Ibovespa subiu 1,35%, atingindo 140.928 pontos
- 🔻 Menor cotação do dólar em mais de 1 ano
- 🔼 Maior patamar da Bolsa brasileira desde o início de 2024
Mesmo com o juro alto, setores ligados a commodities e exportações — como petróleo, mineração e agronegócio — sustentaram o índice, beneficiados pelo crescimento da demanda internacional, especialmente da China.
💰 Investidores ajustam posições entre Bolsa e câmbio
O comportamento do dólar e do Ibovespa nesta semana sinaliza que o investidor está mais seletivo. A renda fixa segue atrativa com a Selic em 15%, mas ações de empresas exportadoras ganharam espaço diante da recuperação externa e do câmbio favorável.
Além disso, há expectativa de maior entrada de capital estrangeiro, o que ajuda a segurar o dólar. Por outro lado, o ambiente interno ainda inspira cautela, sobretudo pela percepção de risco fiscal e pela ausência de medidas mais claras de ajuste nas contas públicas.
🔍 Expectativas seguem mistas para o dólar e Ibovespa
O desempenho futuro do dólar e do Ibovespa dependerá da combinação entre fatores externos — como os dados do mercado de trabalho dos EUA — e internos, como o avanço das reformas e sinalizações do governo sobre o controle fiscal.
A tendência de curto prazo é de continuidade da volatilidade, exigindo estratégias mais defensivas e diversificadas. A sustentação da Bolsa em patamares elevados dependerá da confiança em setores exportadores e na retomada de investimentos estruturais.