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Barroso sobre as leis trabalhistas: modelo atual está defasado

Em entrevista, Barroso analisou o cenário atual das leis trabalhistas, disse que o modelo tradicional perdeu força no Brasil e defendeu novas formas de proteção para profissionais autônomos, terceirizados e de aplicativos.
Ministro Luís Roberto Barroso fala em evento sobre o futuro das leis trabalhistas no Brasil.
Luís Roberto Barroso comentou sobre as mudanças nas leis trabalhistas no Brasil. (Foto: Rovena Rosa)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, sobre as leis trabalhistas, afirmou que o atual modelo celetista está em declínio diante das transformações do mercado de trabalho. Em entrevista ao videocast C-Level, da Folha de S.Paulo, publicada na última quinta-feira (03/07), ele refletiu sobre as leis trabalhistas brasileiras e disse que o país precisa criar novas formas de proteção para trabalhadores fora do regime tradicional.

“O trabalhador celetista não é mais a figura predominante”, afirmou Barroso.

Inclusive, para o ministro, o crescimento de plataformas como Uber e iFood e o avanço do empreendedorismo individual mudaram o cenário das leis trabalhistas. “Temos que pensar fórmulas originais de proteção”, declarou. Além disso, destacou que “em certos casos, o excesso de proteção desprotege”.

Barroso sobre as leis trabalhistas e o novo mundo do trabalho

Segundo o ministro, motoristas e entregadores que atuam por meio de aplicativos não devem ser enquadrados à força no modelo tradicional. Em vez disso, Barroso propõe a criação de instrumentos legais modernos. Eles devem assegurar leis trabalhistas mais flexíveis. O ministro também destacou que a reforma trabalhista de 2017 contribuiu positivamente para a geração de empregos.

“Não por acaso temos o menor índice de desemprego dos últimos 40 anos. Acho que algum grau de correlação é possível fazer”, declarou o presidente do STF.

Além disso, o ministro afirmou que a terceirização e outras formas de contratação devem ser vistas como adaptações legítimas, e não como distorções do sistema ou das leis trabalhistas.

Responsabilidade fiscal e proteção social no STF

Posteriormente, Barroso também abordou temas como o IOF, os precatórios e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ele enfatizou que o governo precisa conduzir o ajuste fiscal com equilíbrio.

“A contribuição para o ajuste de contas tem que ser geral e não pode recair predominantemente sobre os mais pobres”.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Social informou que os pedidos pelo BPC aumentaram e espera maior padronização após decisão recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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