O embate entre os interesses das potências ocidentais e as economias emergentes ganhou novo capítulo: o BRICS reage a tarifas dos EUA com estratégias que buscam reduzir dependências históricas. Na cúpula realizada no Rio de Janeiro, líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aprovaram medidas para estreitar relações comerciais. Além disso, debateram criar estruturas alternativas de integração econômica.
Sem citar diretamente os Estados Unidos ou Donald Trump, o grupo condenou práticas unilaterais e tarifas consideradas distorcivas. Segundo comunicado oficial, mais de 40% do PIB mundial é representado por membros do BRICS, que defendem regras justas e inclusivas no comércio global, em linha com a OMC. Conforme publicado pelo New York Times, a crítica implícita revela que o BRICS reage a tarifas dos EUA. Desta forma, o bloco articula novas alianças e mecanismos próprios de defesa.
Como o BRICS reage a tarifas dos EUA com soluções financeiras alternativas
Entre as principais propostas debatidas está a criação de uma bolsa de grãos entre os países-membros, como forma de reduzir a influência dos mercados americanos e europeus sobre commodities. Além disso, o grupo discutiu um sistema internacional de pagamentos que permita o uso de moedas locais, especialmente frente a sanções econômicas e à hegemonia do dólar.
Lula foi direto ao comentar os ataques de Trump:“Não queremos um imperador. Se ele acha que pode taxar, os outros também têm esse direito.”
A frase resume o tom firme com que o BRICS reage a tarifas dos EUA, deixando claro que a resposta será articulada e coletiva.
BRICS reage com expansão geopolítica
Desde 2009, o BRICS ampliou sua influência ao incorporar países como Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes. O bloco passou a atuar como polo alternativo na geopolítica global. Segundo Lula, “o BRICS quer organizar o mundo de outro jeito”, e é exatamente por isso que causa desconforto entre potências tradicionais.
O movimento mostra que o bloco reage a tarifas dos EUA não apenas com retórica, mas com ações concretas rumo à soberania econômica.









