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44% dos jovens adiam faculdade pelo impacto das apostas no Nordeste

Impacto das apostas no Nordeste adia ingresso no ensino superior para 44% dos jovens, segundo pesquisa da Abmes com mais de 11 mil entrevistados.
Pessoa acessa site de apostas online no celular, ilustrando o impacto das apostas no Nordeste.
Celular exibe plataforma de apostas online, evidenciando o impacto das apostas no Nordeste entre os jovens. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O impacto das apostas no Nordeste já provoca distorções profundas no acesso ao ensino superior. De acordo com pesquisa da Abmes – Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, 44% dos jovens nordestinos entre 18 e 35 anos afirmaram que adiaram o ingresso em um curso de graduação por causa de gastos com apostas online. Além disso, o percentual é consideravelmente mais alto do que a média nacional, que está em 34%, reforçando a desigualdade regional.

Impacto das apostas no Nordeste compromete acesso ao ensino superior

A pesquisa, realizada entre os dias 20 e 24 de março em parceria com a Educa Insights, entrevistou 11.762 jovens em todo o país. No recorte por classe social, os dados revelam que o impacto das apostas no Nordeste é ainda mais severo entre os jovens da classe D e E, cuja renda familiar média é de R$ 1.000. Nessa camada da população, 43% afirmam que precisarão parar de apostar até 2026 para conseguir entrar na universidade. Por outro lado, entre os jovens da classe A, com renda superior a R$ 26 mil, o índice é bem menor, ficando em 22%.

Mesmo quem já está matriculado sofre com o impacto das apostas no Nordeste

Além de dificultar o ingresso, o impacto das apostas no Nordeste também afeta a permanência de quem já está no ensino superior. Conforme a pesquisa, 17% dos universitários da região atrasaram mensalidades ou tiveram que trancar a matrícula devido ao comprometimento financeiro com plataformas de jogos. Enquanto isso, no Sudeste, o mesmo problema atinge 14% dos estudantes. Por isso, a Abmes alerta para o risco crescente de evasão acadêmica entre os jovens mais vulneráveis.

Gastos mensais com apostas superam R$ 350

Outro dado relevante é a frequência e o volume das apostas online. Aproximadamente 40% dos jovens nordestinos apostam de uma a três vezes por semana. Além disso, mais de 45% gastaram acima de R$ 350 por mês nas plataformas. Como consequência, 24% deixaram de frequentar academias ou praticar atividades físicas, e 28% abriram mão de bares, restaurantes e encontros com amigos para apostar online. Tais escolhas revelam como os jogos virtuais passaram a influenciar também o comportamento social.

Instituições cobram políticas públicas e controle do setor

Diante desse cenário, a Abmes defende que o debate sobre o impacto das apostas no Nordeste seja incluído em fóruns educacionais e instâncias políticas. Embora não se oponha à regulamentação do setor de apostas online, a entidade afirma que são necessárias medidas de controle, educação financeira e políticas públicas de conscientização. Caso nada seja feito, o país pode ver quase um milhão de jovens fora da universidade, com a renda comprometida em jogos e apostas digitais.

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