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Exportação de carne bovina para os EUA cai 61,8% entre abril e junho, segundo Abiec

A exportação de carne bovina brasileira para os EUA caiu 28,4% em junho, mas o país continua sendo o segundo maior destino. No entanto, o Brasil teve um aumento nas exportações, com 189,5 mil toneladas enviadas. O mercado americano é crucial devido às margens superiores. O setor busca diversificar destinos e se adaptar ao cenário geopolítico em mudança. Descubra como o Brasil planeja manter seu destaque nas exportações de carne bovina!
exportação de carne bovina para os EUA
Profissional inspeciona peças de carne bovina em frigorífico brasileiro com foco em exportação de carne bovina para os EUA. (Imagem: Canva)

As vendas de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos recuaram 61,8% entre abril e junho de 2025, segundo a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec). Em abril, os embarques atingiram 47.836 toneladas, o maior volume mensal do ano. Após o anúncio de uma tarifa de 10% por Donald Trump em maio, o número caiu para 27.413 toneladas. Em junho, o volume caiu novamente, para 18.232 toneladas. Até 21 de julho, o Brasil havia embarcado apenas 9.745 toneladas para os EUA. A nova tarifa, de 50%, começa a valer em 1º de agosto.

China mantém liderança e EUA seguem como segundo maior destino

Apesar da retração, os Estados Unidos continuam como o segundo principal mercado da carne bovina brasileira em 2025, com 12,1% de participação nas exportações no primeiro semestre. A China permanece na liderança, com 48,8% do total. O Chile aparece em terceiro lugar, com 4,76%, enquanto os demais mercados somam 34,34%. A concentração em poucos países acende um sinal de alerta para o setor, que depende fortemente de condições políticas e comerciais externas.

Setor busca alternativas após queda na exportação de carne bovina para os EUA

Mesmo com a queda nas vendas aos EUA, o Brasil exportou 189,5 mil toneladas de carne bovina em junho, alta de 10,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. O faturamento total atingiu US$ 809,6 milhões.

Para o ex-banqueiro Geldo Machado, presidente do Sinfac Ceará, Piauí e Maranhão do Norte, o momento exige reorganização estratégica. “Mesmo com oscilações nos grandes compradores, o setor mantém força exportadora. A diversificação é estratégica para garantir estabilidade e evitar choques no caixa dos frigoríficos”, afirmou.

Brasil lidera exportações globais e reforça presença em novos mercados

De janeiro a junho de 2025, o Brasil exportou 1.076.613 toneladas de carne bovina, com receita de US$ 4,89 bilhões. Mesmo com apenas 22% da produção nacional voltada ao exterior — os outros 78% ficam no mercado interno — o país lidera o ranking global, com 3,75 milhões de toneladas exportadas nos últimos 12 meses. Austrália (1,96 milhão) e Índia (1,56 milhão) aparecem em seguida.

Essa análise é complementada por Pedro Brandão, empresário e CEO da CredÁgil: “A retração americana obriga o setor a revisar sua estratégia global. É um alerta importante, pois o mercado dos EUA é exigente e paga mais. Por isso, manter presença lá é essencial para o posicionamento internacional das marcas brasileiras”.

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