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Banco do Brasil troca VP do agronegócio sob expectativa de piora no 2T25

O Banco do Brasil trocou seu vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar em meio a expectativas de resultados negativos para o 2T25. Gilson Alceu Bittencourt, atual subsecretário de Política Agrícola, assume o cargo em um momento crítico, com projeções de queda de 51,1% no lucro líquido. A inadimplência no agronegócio e o aumento das provisões estão pressionando a margem financeira. Essa mudança pode impactar o setor e os desafios do novo vice para reconquistar a confiança do mercado serão significativos.
No VP do BB na expectativa do resultado do Banco do Brasil no 2T25.
Gilson Alceu Bittencourt assume o cargo em um momento de atenção máxima ao crédito rural e às PMEs do campo. (Imagem: Agência Brasil)

O Banco do Brasil comunicou ao mercado na terça-feira (22/07) a indicação de Gilson Alceu Bittencourt para o cargo de vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar. Ele substituirá Luiz Gustavo Braz Lage, que continuará no posto até a investidura formal do novo executivo. A troca ocorre em um momento delicado para a instituição, já que o resultado do Banco do Brasil no 2T25 está cercado de projeções negativas por parte do mercado.

A mudança foi comunicada via fato relevante à CVM e ocorre uma semana após o banco também anunciar alterações em outros braços do conglomerado, como BB Seguridade, BB Américas e Brasilseg. Atualmente, Gilson Bittencourt ocupa o cargo de subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda e integra os conselhos de administração da Embrapa e da Livelo. Além disso, é agrônomo pela UFPR, mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e especialista pela Universidade do Texas.

Resultado do Banco do Brasil no 2T25 preocupa mercado e pressiona decisões

O resultado do Banco do Brasil no 2T25 deve registrar forte retração. Segundo o Banco Safra, o lucro líquido estimado para abril a junho é de R$ 4,64 bilhões, o que representa uma queda de 51,1% frente ao mesmo período de 2024. Essa projeção coloca o BB como o pior entre os quatro grandes bancos do país em termos de lucratividade.

Essa piora esperada é atribuída principalmente ao avanço da inadimplência no agronegócio, que atingiu 3,4% no 1T25. Além disso, o crescimento das provisões agrava o cenário. Conforme as estimativas do Safra, o banco deve registrar R$ 12 bilhões em provisões brutas, abrangendo as carteiras agro, pessoa física e jurídica. Esse movimento pressiona diretamente a margem financeira e compromete o retorno sobre o patrimônio (ROE).

Agronegócio sob risco eleva relevância do novo comando

O novo vice assume o cargo em um momento de atenção máxima ao crédito rural e às PMEs do campo. Nesse contexto, o resultado do Banco do Brasil no 2T25 sinaliza um segundo semestre mais desafiador. Isso torna o cargo ainda mais estratégico para reconquistar a confiança do mercado.

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