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Exportação cearense em alerta: FIEC lidera reação à tarifa dos EUA

A exportação cearense está em alerta após os EUA anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A Federação das Indústrias do Ceará (FIEC) está reunindo grupos exportadores para discutir soluções, já que mais de 51% das exportações cearenses vão para o mercado americano. A situação é crítica, especialmente para o setor de aço, e a FIEC busca mitigar os impactos para garantir a competitividade da indústria local.
Ricardo Cavalcante apresenta impactos da tarifa dos EUA sobre a exportação cearense
Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC, apresentou dados estratégicos sobre a exportação cearense e os riscos da tarifa dos EUA, durante encontro com industriais em Fortaleza.

A exportação cearense entrou em estado de alerta após o anúncio dos Estados Unidos de que vai impor, a partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Diante da medida, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) assumiu a articulação com os maiores grupos exportadores do estado. O objetivo é debater o tema, propor soluções práticas e elaborar estudos para subsidiar ações do governo federal.

A reunião foi conduzida pelo industrial Ricardo Cavalcante, presidente do Sistema FIEC, que defendeu uma reação técnica e articulada diante do novo cenário. Segundo ele, o momento exige união entre os setores industriais do estado e atuação conjunta com as autoridades.

“Estamos lidando com uma ameaça real à competitividade da indústria cearense. Precisamos identificar os impactos específicos de cada setor, construir soluções em conjunto e apresentar propostas concretas aos governos estadual e federal”, disse o líder da indústria Cearense.

Comércio exterior do Ceará tem forte dependência dos EUA

Participaram do encontro André Luís Pinto, presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Fortaleza (SindCalf) e do Sindicato das Indústrias de Calçados de Sobral (Sincal); Carlos Rubens Alencar, presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran); Edgar Gadelha, diretor financeiro da FIEC e presidente do Sindicato das Indústrias de Cera de Carnaúba (Sindcarnaúba); e Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN).

Também estiveram presentes Adriano Thielke, diretor da Finoagro (Grupo Vicunha); Erick Torres, CEO da ArcelorMittal Pecém; Felipe Gurgel, diretor da Duramental; Gerardo Azevedo, diretor da Carnaúba do Brasil; Guilherme Assis, executivo da Usibras; Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal América Latina; Marcelo Matos, diretor da Aeris; Marcos Strada, executivo da Grendene; e Paulo Wanick, CFO da ArcelorMittal América Latina.

O economista-chefe da FIEC, Guilherme Muchale, apresentou dados do Observatório da Indústria. No primeiro semestre de 2025, o Ceará exportou US$ 556,7 milhões para os Estados Unidos. Do total das exportações cearenses no período, 51,9% tiveram como destino o mercado americano, uma participação muito superior à média nacional, que foi de apenas 12,1%. No entanto, mais de 76% do que o Ceará envia aos EUA corresponde a produtos semimanufaturados de aço, como placas e ligas metálicas. Essa forte concentração em um único segmento torna o estado especialmente vulnerável à nova tarifa anunciada por Washington.

Reunião na FIEC apresenta dados sobre a exportação cearense aos EUA.

Exportação cearense enfrenta risco ampliado com tarifas e litígios

Além do panorama regional, os participantes analisaram os possíveis efeitos nacionais da medida. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a tarifa pode provocar a perda de até 110 mil empregos e afetar o PIB do país. Por isso, representantes do setor produtivo recomendam uma postura diplomática cuidadosa, sem retaliações precipitadas, já que os Estados Unidos ainda são destino vital da exportação cearense e brasileira.

Nos Estados Unidos, a repercussão também tem ganho maior dimensão. A Johanna Foods Inc., uma das maiores distribuidoras de sucos da Costa Leste, entrou com processo contra a medida imposta por Trump. Segundo a empresa, a tarifa de 50% sobre sucos brasileiros pode causar prejuízos de até US$ 68 milhões.

Esse impacto cruzado gerou atenção redobrada sobre frutas tropicais brasileiras. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), 13% do valor e 14% do volume exportado de manga em 2024 teve os EUA como destino. Já no caso das uvas de mesa, a participação americana chegou a 23,5%, com receita de US$ 41,5 milhões. As frutas processadas (exceto sucos) somaram US$ 47,6 milhões, representando 32% do segmento. Com a colheita de manga prevista para os próximos dias, produtores temem perdas severas se a medida não for revertida.

Mesmo sem uma ordem executiva formalizada pelos Estados Unidos, a FIEC decidiu agir de forma antecipada. A entidade está debatendo propostas e consolidando estudos técnicos com o objetivo de subsidiar a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o governo federal.

“Estamos falando de empregos, de renda, de famílias inteiras que dependem da nossa capacidade de resposta. Não é só uma questão comercial. É social e estrutural”, afirmou Ricardo Cavalcante, ao destacar que a exportação cearense precisa ser tratada como prioridade nacional.

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