Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Fintechs poderão virar financeiras: novas regras do BC entram em vigor

As fintechs estão se transformando em financeiras com novas regras do Banco Central que entram em vigor em setembro. Isso permitirá que instituições de pagamento operem em um ambiente regulado, aumentando sua competitividade. Além de emitir Letras de Crédito Imobiliário e captar recursos no exterior, o setor financeiro brasileiro se moderniza, promovendo mais inovação e acesso a serviços financeiros. Descubra como essas mudanças impactarão o futuro das fintechs no Brasil!
fintechs poderão virar financeiras.
O mercado espera que a medida aumente a concorrência e amplie as opções de crédito. (Foto: Canva)

Aprovada nesta quinta-feira (24/07) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a Resolução CMN n° 5.237 que permite que fintechs poderão virar financeiras altera as regras do sistema de crédito brasileiro. A partir de setembro, instituições de pagamento e fintechs de crédito poderão operar como sociedades de crédito, financiamento e investimento, integrando um ambiente regulado mais robusto.

A medida permitirá que essas empresas atuem como credenciadoras — função estratégica no ecossistema de pagamentos — e também investam em outras sociedades de crédito. Com isso, ganham flexibilidade operacional, mais ferramentas de captação e maior capacidade de competir com bancos tradicionais.

Entenda a diferença entre os modelos de operação no Sistema Financeiro:

  • Instituições de Pagamento (IPs): São empresas que oferecem serviços para movimentar recursos — como carteiras digitais, contas pré-pagas e maquininhas — sem emprestar dinheiro próprio. Exemplo: credenciadoras, emissores de cartões e contas de pagamento. Não são consideradas instituições financeiras.
  • Fintechs de Crédito: Empresas de tecnologia autorizadas a conceder empréstimos com capital próprio, sob regras específicas do Banco Central. Podem operar 100% digitalmente e são reguladas como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
  • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): Instituições financeiras tradicionais autorizadas a emprestar recursos com capital próprio, emitir títulos como LCI e COE, captar recursos no exterior e agora também atuar como IPs ou fintechs. Possuem regulação mais ampla e maior escopo operacional.

Regras permitem LCIs, COEs e captação internacional

A nova resolução também atualiza formalmente a permissão para emissão de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Certificados de Operações Estruturadas (COE). Além disso, autoriza as financeiras a captar recursos no exterior — um passo relevante na internacionalização de suas operações.

Essas práticas já eram possíveis, mas estavam dispersas em normativos distintos. Agora, o texto unificado traz mais clareza jurídica, reduz burocracia e amplia o leque de instrumentos à disposição das financeiras. Com isso, as fintechs poderão virar financeiras e operar com mecanismos mais sofisticados, aumentando sua escala e competitividade.

Consulta pública confirmou adesão à proposta de que fintechs poderão virar financeiras

O Banco Central informou que as mudanças são resultado de consulta pública realizada em 2024, com 33 contribuições, incluindo associações, financeiras, escritórios de advocacia e até pessoas físicas. Além de incorporar as operações já permitidas, a nova resolução substitui normas em vigor desde 1959, consideradas ultrapassadas.

Segundo o BC, o objetivo é alinhar as financeiras ao ambiente digital e competitivo do setor, posicionando essas sociedades “de forma compatível com suas estratégias, operações e clientes”. A partir de agora, fintechs poderão virar financeiras com respaldo regulatório completo.

Mais competição e integração entre crédito e tecnologia

Com a nova estrutura normativa, empresas que antes estavam em nichos específicos — como meios de pagamento — poderão se transformar em operadores plenos de crédito. Assim, isso reduz a assimetria regulatória e estimula a transição natural de fintechs maduras para modelos mais sólidos e sustentáveis. Assim, a ideia para que as fintechs possam virar financeiras também é uma forma de aumentar a fiscalização dessas empresas.

A expectativa do mercado é que a medida traga maior competição, novas ofertas de crédito e mais inovação para o setor. O Brasil segue, assim, no caminho da modernização regulatória com foco na eficiência, segurança e ampliação do acesso a serviços financeiros.

Capital mínimo exigido para fintechs operarem como financeiras

De acordo com a Resolução CMN nº 5.237, publicada em 24/07, fintechs que desejam operar como financeiras devem cumprir o seguinte:

  • 🔒 Capital social mínimo integralizado:
    R$ 7.000.000,00
  • 📍 Redução de 30% fora de RJ/SP:
    Empresas com sede fora dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo podem ter capital reduzido para R$ 4.900.000,00
  • 📊 Patrimônio líquido exigido:
    Deve ser equivalente ao capital social integralizado

Essa exigência garante que apenas instituições com estrutura sólida possam operar como sociedades de crédito, financiamento e investimento, fortalecendo a segurança do sistema.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas