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Minerais estratégicos do Brasil podem colocar Goiás no centro da geopolítica

O governo de Goiás busca se tornar um polo global na industrialização de minerais estratégicos, aproveitando o interesse pelas terras raras. Com o apoio de potências como EUA, Japão e Europa, pretende não apenas fornecer matéria-prima, mas se destacar nesse setor. O governador Ronaldo Caiado enfatiza a necessidade de um marco regulatório específico e de atrair tecnologia, prometendo gerar empregos qualificados e posicionar Goiás como referência na cadeia produtiva para a transição energética.
trabalhador na mineração de minerais estratégicos do Brasil
Uma comitiva empresarial japonesa deve visitar o estado no próximo mês para tratar da instalação de plantas industriais voltadas à separação de terras raras. (Imagem: Canva)

O governo de Goiás quer transformar o estado no centro da industrialização dos minerais estratégicos do Brasil, aproveitando o crescente interesse global por terras raras e outros insumos críticos. Em evento com empresários em São Paulo, o governador Ronaldo Caiado afirmou que a meta é deixar de ser apenas fornecedor de matéria-prima para se tornar “o estado mais importante do mundo” no fornecimento desses insumos estratégicos.

Minerais estratégicos do Brasil atraem EUA, Japão e Europa

O discussão ocorre em meio à tensão comercial com os Estados Unidos, que impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Paralelamente, o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, reafirmou o interesse dos EUA nos minerais estratégicos do Brasil, segundo Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Assim, esses minerais são vitais para setores como chips, veículos elétricos, energia limpa e defesa. O Brasil, ao lado da China, lidera as reservas globais.

Em missão recente ao Japão, Caiado buscou acordos para trazer tecnologia de separação de metais ao estado, com indústrias de base japonesa, europeia e norte-americana.

“Cede-se minério em troca de data centers, satélites e parques industriais”, afirmou o governador.

Caiado defende, portanto, um marco regulatório específico para o setor, com segurança jurídica e estímulo a investimentos industriais nos minerais estratégicos do Brasil. Além disso, segundo ele, Goiás já possui estrutura institucional sólida, matriz energética limpa, mão de obra qualificada e localização estratégica. Por isso, no próximo dia 15 de agosto, uma comitiva empresarial japonesa deve visitar o estado para discutir a instalação de plantas de separação de terras raras para explorar os minerais estratégicos do Brasil.

Por sua vez, as jazidas de Minaçu, Nova Roma e Iporá já produzem mais de 5 mil toneladas por ano, o suficiente para abastecer Europa ou EUA, segundo Caiado. Nesse contexto, os chamados elementos de terras raras (ETRs) incluem 17 minerais essenciais para turbinas eólicas, baterias de veículos elétricos, painéis solares, chips eletrônicos, celulares e sistemas militares avançados.

Goiás se posiciona como polo global da economia verde

O governo de Goiás, nesse sentido, pretende criar um verdadeiro polo industrial dos minerais essenciais, base para a transição energética mundial. “O Brasil não pode repetir o modelo colonial”, declarou o governador. Com isso, a proposta é atrair empresas de tecnologia de ponta, gerar empregos qualificados e transformar Goiás em referência mundial na cadeia produtiva dos minerais estratégicos do Brasil. Dessa forma, a industrialização de minerais críticos é vista como vetor de soberania, inovação e competitividade.

Enquanto não houver acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, a nova tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil entra em vigor na sexta-feira (1º). Diante disso, o setor exportador brasileiro segue em alerta.

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