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Resultado da Boeing no 2T25 reflete ineficiência operacional

O resultado da Boeing no segundo trimestre de 2025 revelou desafios, com um prejuízo líquido de US$ 612 milhões, refletindo ineficiência na aviação comercial. Apesar de um aumento de 63% nas entregas, a divisão teve um prejuízo operacional de US$ 557 milhões, embora a receita tenha alcançado US$ 22,75 bilhões. Essa oscilação entre trimestres levanta preocupações sobre a estabilidade financeira da empresa.

O resultado da Boeing no segundo trimestre de 2025 foi marcado por ineficiência operacional, especialmente na divisão de aviões comerciais. A empresa registrou prejuízo líquido de US$ 612 milhões, o que representa queda significativa em relação aos US$ 1,44 bilhão do mesmo período de 2024. No entanto, o resultado piorou expressivamente na comparação com o trimestre anterior.

Aviação comercial concentra prejuízo e mantém margem negativa

A aviação comercial segue sendo o principal desafio da companhia. Mesmo com aumento de 63% nas entregas, que somaram 150 aeronaves, a divisão acumulou prejuízo operacional de US$ 557 milhões. Além disso, a margem do setor ficou em –5,1%, refletindo custos elevados. A receita, por outro lado, cresceu 81%, alcançando US$ 10,874 bilhões, impulsionada principalmente pelos modelos da linha Boeing 737 MAX.

Resultado da Boeing no segundo trimestre de 2025 supera expectativas do mercado

Apesar do prejuízo, os números vieram melhores que o esperado por analistas. O resultado da Boeing no segundo trimestre de 2025 apresentou prejuízo por ação ajustado de US$ 1,24, abaixo da estimativa de US$ 1,40 da FactSet. Já a receita consolidada totalizou US$ 22,75 bilhões, o que representa alta de 35%, superando o consenso de mercado, que era de US$ 22,12 bilhões. Além disso, a carteira de pedidos atingiu US$ 619 bilhões, incluindo mais de 5.900 aviões comerciais. Ainda assim, o fluxo de caixa livre permaneceu negativo, em US$ 200 milhões.

Provisões e endividamento também pesam no balanço

Além dos custos operacionais, outros fatores afetaram o resultado da Boeing no segundo trimestre. A empresa fez uma provisão contábil de US$ 445 milhões relacionada a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Somado a isso, teve US$ 710 milhões em despesas financeiras com juros e dívida. Por outro lado, a divisão Global Services ajudou a compensar parte das perdas, ao gerar receita de US$ 5,281 bilhões e operar com margem positiva de aproximadamente 20%.

Oscilação entre trimestres indica instabilidade no resultado da Boeing no segundo trimestre de 2025

Embora o prejuízo tenha diminuído em relação ao segundo trimestre de 2024, o resultado da Boeing no segundo trimestre piorou na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Em janeiro a março, a empresa havia registrado prejuízo de apenas US$ 31 milhões. Já entre abril e junho, a perda saltou para US$ 612 milhões, o que representa aumento superior a US$ 580 milhões em apenas três meses.

Esse cenário reforça o risco de instabilidade e recorrência nas perdas. O problema não está apenas no volume de entregas ou na receita, mas na dificuldade de gerar lucro com eficiência. Enquanto isso, as ações da Boeing seguem pressionadas, refletindo a falta de previsibilidade e a necessidade de ajustes mais profundos nas operações.

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