O resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025 confirmou a retomada de crescimento da instituição. O lucro líquido recorrente somou R$ 6,1 bilhões, alta de 28,6% em relação ao 2T24 e 3,5% sobre o 1T25. A performance sólida veio acompanhada de avanço no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), que atingiu 14,6%, frente a 11,4% um ano antes.
Comparativo do lucro líquido recorrente do Bradesco:
- 2T25: R$ 6,1 bilhões
- 1T25: R$ 5,86 bilhões
- 2T24: R$ 4,72 bilhões
Receita e margem sustentam resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025
A receita líquida somou R$ 34 bilhões no trimestre, crescendo 15,1% em relação ao segundo trimestre de 2024. Esse desempenho foi impulsionado por três pilares principais: margem financeira, prestação de serviços e seguros.
A margem financeira total, que impacta diretamente o resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025, chegou a R$ 18,04 bilhões. Já a margem financeira líquida (descontada a PDD expandida) totalizou R$ 9,9 bilhões, alta de 19,4% em 12 meses.
Margens financeiras – evolução:
- Margem Bruta (2T25): R$ 18,04 bi (vs. R$ 17,23 bi no 1T25 e R$ 15,58 bi no 2T24)
- Margem Líquida (2T25): R$ 9,90 bi (vs. R$ 9,59 bi no 1T25 e R$ 8,29 bi no 2T24)
Crédito e inadimplência mantêm estabilidade com estratégia do Bradesco
A carteira de crédito expandida alcançou R$ 1 trilhão, crescendo 11,7% sobre o 2T24 e 1,3% no trimestre. O destaque continua sendo o avanço no segmento PJ (empresas), que apresentou crescimento de 18,7% em relação ao 1T24. O banco segue com postura prudente no crédito, especialmente para pessoas físicas.
O desempenho da carteira de crédito contribuiu para a estabilidade do resultado do Bradesco, mesmo com cenário econômico desafiador. A inadimplência acima de 90 dias se manteve estável em 4,1% entre março e junho, mas representa melhora em relação aos 5,0% observados no mesmo período de 2024. Na pessoa física, o indicador caiu para 5,1%, ante 5,5% no ano anterior.
Indicadores de crédito:
- Carteira expandida (2T25): +11,7% em 12 meses
- Inadimplência total: 4,1% (estável no trimestre, -0,9 pp vs. 2T24)
- Inadimplência PF: 5,1% (vs. 5,5% no 2T24)
- Despesas com PDD: R$ 8,14 bi (vs. R$ 7,29 bi no 2T24 | +11,7%)
Serviços e seguros reforçam o resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025
Outro ponto positivo no resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025 foram as receitas com prestação de serviços, que totalizaram R$ 10,3 bilhões, com crescimento de 5,5% no trimestre e 10,6% em relação ao segundo trimestre de 2024. Já o resultado com seguros, previdência e capitalização foi de R$ 5,65 bilhões, alta expressiva de 21,7%.
Essas fontes recorrentes de receita foram fundamentais para sustentar o resultado operacional, que cresceu 32,7% na comparação anual, atingindo R$ 7,8 bilhões.
Dados operacionais:
- Receitas com serviços: R$ 10,3 bi (+10,6% vs. 2T24)
- Resultado com seguros: R$ 5,65 bi (+21,7% vs. 2T24)
- Resultado operacional: R$ 7,8 bi (+32,7% vs. 2T24)
Dados operacionais:
- Receitas com serviços: R$ 10,3 bi (+10,6% vs. 2T24)
- Resultado com seguros: R$ 5,65 bi (+21,7% vs. 2T24)
- Resultado operacional: R$ 7,8 bi (+32,7% vs. 2T24)
Guidance projeta continuidade da performance financeira do Bradesco
O guidance atualizado mostra que o banco projeta manter a tendência positiva registrada no resultado do Bradesco no segundo trimestre. A projeção para receitas com serviços foi ajustada para alta entre 5% e 9% (antes, de 4% a 8%). O resultado de seguros também teve a faixa ampliada para 9% a 13%, superando a previsão anterior de 6% a 10%.
Guidance 2025 – Revisões:
- Receitas com serviços: de 4–8% → 5–9%
- Resultado de seguros: de 6–10% → 9–13%
- Demais projeções: Mantidas (margem líquida, despesas operacionais, carteira de crédito)
Avaliação contábil indica solidez financeira do Bradesco no 2T25
Do ponto de vista contábil, o resultado do Bradesco no segundo trimestre de 2025 confirma a evolução positiva do banco. O aumento do lucro e da margem financeira, somado ao controle da inadimplência, mostra que a instituição operou com mais eficiência e risco bem calibrado. A estabilidade da carteira de crédito e a redução de calotes entre pessoas físicas reforçam a qualidade dos ativos. O crescimento das receitas com serviços e seguros, aliado ao guidance revisado para cima, indica confiança nas projeções. Em resumo, o Bradesco encerra o trimestre com fundamentos sólidos, boa rentabilidade e perfil financeiro equilibrado que marca a história do banco.
“O banco ainda não voltou ao patamar histórico de rentabilidade que já teve, mas mostra consistência nos avanços. A combinação de crédito mais seletivo com expansão da margem financeira é o caminho certo para manter a sustentabilidade dos lucros nos próximos trimestres.”
— Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil.