O resultado da Motiva, antiga CCR, no 2T25 registrou lucro líquido ajustado de R$ 398 milhões, queda de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia lucrado R$ 411 milhões. Mesmo com esse recuo, o desempenho superou as projeções da LSEG, que apontavam lucro de R$ 363,8 milhões. O balanço foi impulsionado pelo reconhecimento de um ativo fiscal diferido de R$ 480 milhões, ligado à concessão da BR-163, e por ajustes no portfólio da empresa.
Além disso, o resultado da Motiva foi marcado pela transição de ativos deficitários, como o fim da operação de barcas no Rio de Janeiro. Também houve a entrada em concessões com maior potencial de geração de caixa, como a PRVias, que iniciou arrecadação em junho.
EBITDA avança no resultado da Motiva no segundo trimestre de 2025
Outro destaque relevante no resultado da Motiva, antiga CCR, no 2T25 foi o EBITDA ajustado consolidado, que totalizou R$ 2,094 bilhões, alta de 4,2% na comparação anual. A margem EBITDA também avançou de 57,6% para 58,8%, sinalizando eficiência operacional crescente mesmo diante de receita líquida ajustada com variação modesta (+2,2%).
Esse ganho de margem reflete uma gestão mais seletiva do portfólio, conforme demonstrado no resultado da Motiva, e prepara terreno para maior geração de caixa nos trimestres seguintes.
Segmentos de trilhos e aeroportos fortalecem o resultado da Motiva no 2T25
O resultado da Motiva também evidenciou a força de segmentos além das rodovias. O EBITDA ajustado dos trilhos cresceu 12,8%, atingindo R$ 579 milhões, mesmo com uma queda de 1,2% nos passageiros transportados. Isso demonstra ganho de produtividade e controle de custos.
Nos aeroportos, o desempenho foi ainda mais expressivo no período. O número de passageiros embarcados cresceu 10%, somando 10,4 milhões, e o EBITDA subiu 20,5%, para R$ 294 milhões. Esses números fortalecem a diversificação presente no resultado da Motiva no segundo trimestre de 2025.
Já as rodovias, embora continuem como principal motor de receita, apresentaram avanço mais modesto no EBITDA (+2,5%) e retração de 14,2% no tráfego de veículos equivalentes, o que impactou negativamente a performance do segmento no período.
Alavancagem e CAPEX chamam atenção no resultado da Motiva no segundo trimestre de 2025
O resultado da Motiva no 2T25 mostrou também um ponto de atenção: a elevação da alavancagem. A relação Dívida Líquida/EBITDA passou de 3,1x para 3,7x em 12 meses, ainda sob controle, mas em tendência ascendente. Isso exige atenção da companhia, especialmente em cenários de maior custo de capital.
Por outro lado, o CAPEX cresceu 9,3% no trimestre, totalizando R$ 1,779 bilhão. O desempenho financeiro recente também foi marcado por forte investimento estratégico. Esse dado reforça a perspectiva de ganhos futuros, especialmente com a consolidação de ativos como PRVias e ViaOeste, que devem impactar positivamente os próximos resultados da Motiva.
Resultado reforça transição para modelo mais rentável
Com base nos dados consolidados, o resultado da Motiva reflete um momento de transformação. A companhia foca em ativos com maior geração de valor, descontinuando operações deficitárias e ganhando eficiência operacional.
Apesar da leve queda no lucro, a melhora do EBITDA e da margem operacional indicam que a empresa está preparada para sustentar crescimento em meio ao atual ciclo de concessões e projetos de infraestrutura. O mercado acompanha com expectativa os próximos trimestres e o desdobramento do novo portfólio consolidado no resultado da Motiva.










