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CNI propõe medidas diante das tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta sobre as novas tarifas dos EUA que impactam as exportações brasileiras, afetando a competitividade e o emprego. Para mitigar esses efeitos, a CNI propõe 8 medidas emergenciais, como crédito a juros reduzidos e alívio tributário, para proteger pequenas e médias empresas. Além disso, organiza uma missão aos EUA para reforçar o diálogo e mostrar que essas tarifas também prejudicam a economia americana. Descubra como essas ações podem impactar o comércio bilateral!
tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras
Impactos das tarifas dos EUA afetam setores como pesca e calçados, que empregam cerca de 150 mil pessoas no Ceará, segundo o presidente do Sistema FIEC. (Imagem: Agência Brasil)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com as tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras, oficializadas na quarta-feira (30/07). A entidade avalia que o aumento compromete a competitividade da indústria nacional, ameaça cadeias produtivas e prejudica empregos, investimentos e contratos de longo prazo. Em vez de retaliação, a CNI defende diálogo, cooperação e medidas emergenciais de apoio ao setor exportador.

Medidas da CNI para enfrentar as tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras

Com foco em preservar a capacidade de exportação, especialmente das pequenas e médias empresas, a CNI apresentou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) um pacote com 8 propostas emergenciais. As medidas abrangem financiamento, câmbio, alívio tributário e mecanismos de defesa comercial.

As 8 medidas da CNI para enfrentar as tarifas são:

  • Crédito emergencial: linha do BNDES com juros de 1% a 4% ao ano;
  • Câmbio: ampliação do prazo de ACC e ACE para 1.500 dias;
  • Comércio exterior: prorrogação de carência em PROEX e BNDES-Exim;
  • Antidumping: aplicação provisória com reforço técnico-operacional;
  • Tributos federais: adiamento por 120 dias e parcelamento em 6 vezes;
  • Ressarcimentos: pagamento imediato de créditos já homologados;
  • Reintegra: elevação da alíquota de ressarcimento para 3%;
  • Emprego: reativação e aprimoramento do Programa Seguro-Emprego.

Impactos das tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras em setores estratégicos

Cerca de 700 produtos brasileiros foram isentos da nova tarifa adicional de 40%, que se soma à tarifa de 10% vigente. No entanto, setores relevantes da pauta exportadora ficaram de fora das isenções e serão diretamente penalizados pelas tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras.

Setores afetados pela sobretaxa:

  • Proteína animal
  • Café
  • Etanol
  • Máquinas e equipamentos industriais
  • Manufaturados de alto valor agregado

Produtos isentos das novas tarifas:

  • Agroindústria: castanhas-do-pará, suco de laranja, frutas processadas
  • Aeronáutica: drones, peças de aeronaves civis, turbojatos
  • Tecnologia: baterias, roteadores, sistemas de iluminação
  • Minerais e químicos: fertilizantes, ceras vegetais, derivados de petróleo
  • Outros: celulose, madeira tropical, móveis industriais

Sistema FIEC alerta para os impactos no Ceará e defende ação conjunta

Durante reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin na terça-feira (29/07), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), industrial Ricardo Cavalcante, destacou a importância de atuação coordenada entre setor público e privado. Segundo ele, a defesa da indústria exige mobilização total para mitigar os efeitos da política tarifária dos EUA.

Confira no vídeo entrevista de Ricardo Cavalcante:

“Nós estamos trabalhando full-time. Temos hoje no Ceará mais de 378 mil empregos com carteira assinada só na indústria. Isso representa mais de 30,2% de todos os empregos formais no estado. É uma responsabilidade muito grande”, afirmou Cavalcante.

De acordo com o presidente do Sistema FIEC, os impactos potenciais das tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras afetam especialmente setores como pesca e calçados, que juntos empregam cerca de 150 mil pessoas no estado.

O setor pesqueiro é particularmente vulnerável, pois parte relevante da produção tem como destino o mercado norte-americano, que já impõe entraves regulatórios. Cavalcante ressalta que não é viável simplesmente redirecionar essas exportações para outros países.

“Exportar não é simplesmente mudar de mercado. Exige regulamentação, análises sanitárias, ambientais e estruturais. Não dá para fazer essa virada de chave do dia para a noite”, alertou.

CNI organiza missão aos EUA e destaca riscos das tarifas dos Estados Unidos

A CNI já organiza uma missão empresarial aos Estados Unidos para estreitar o relacionamento entre empresas dos dois países. O objetivo é ampliar o diálogo técnico e reforçar o entendimento de que as tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras prejudicam também a economia americana.

“Nosso papel é ser um facilitador. As tarifas também vão afetar a economia americana”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI.

Dados do comércio bilateral reforçam peso das tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras

A relação Brasil–EUA tem forte peso na estrutura da indústria nacional. As tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras impactam diretamente empregos, investimentos e fluxo produtivo.

Números relevantes:

  • 3.662 empresas americanas atuam no Brasil
  • 2.962 empresas brasileiras operam nos EUA
  • 142 projetos greenfield brasileiros foram anunciados nos EUA entre 2013 e 2023
  • Em 2024, cada R$ 1 bilhão exportado aos EUA gerou:
    • 24,3 mil empregos no Brasil
    • R$ 531,8 milhões em massa salarial
    • R$ 3,2 bilhões em produção industrial

Leitura técnica: medidas são acertadas, mas urgência é fundamental

Para o empresário Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil, a prioridade agora é acelerar a execução das propostas:

“As medidas da CNI são bem direcionadas, mas o governo precisa acelerar sua implementação. Pequenas exportadoras não suportam 90 dias de incerteza com esse nível de tarifa. É preciso agir com rapidez para evitar ruptura em cadeias produtivas inteiras.”

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