A taxa de desemprego no segundo trimestre chegou a 5,8% em junho, o menor índice desde 2012, de acordo com a Pnad Contínua do IBGE. O resultado evidencia uma recuperação sólida no mercado de trabalho, impulsionada pelo aumento das contratações formais e pela redução do número de pessoas em busca de emprego.
Emprego com carteira influencia a taxa de desemprego no segundo trimestre
Conforme informação da Agência Brasil, entre os fatores que contribuíram para a menor taxa de desocupação desde 2012 está o crescimento do número de trabalhadores ocupados, que atingiu 102,3 milhões. Houve queda de 17,4% no total de desempregados e alta de 0,9% no contingente com carteira assinada, que chegou a 39 milhões — novo recorde. A informalidade também caiu, ficando em 37,8%, o nível mais baixo desde 2020.
Massa salarial acompanha melhora na taxa de desemprego
O avanço na ocupação formal elevou a massa de rendimentos para R$ 351,2 bilhões, aumento de 5,9% frente ao mesmo trimestre de 2024. O rendimento médio mensal subiu para R$ 3.477, o maior já registrado, reforçando o impacto direto da queda na taxa de desemprego no segundo trimestre sobre o consumo e a economia brasileira.
Indicadores sociais reforçam impacto da taxa de desemprego no segundo trimestre
Além da melhora nos números de emprego, a pesquisa identificou o menor nível de desalentados desde 2016: 2,8 milhões de pessoas. A nova amostra da Pnad, atualizada com o Censo 2022, garantiu maior precisão nos dados, coletados em 211 mil domicílios em todo o país. O resultado consolida uma trajetória positiva para o restante de 2025.
Avaliação econômica
A redução da taxa de desemprego no segundo trimestre para 5,8% representa uma melhora expressiva frente aos 7,0% registrados no primeiro trimestre de 2025, conforme os dados do IBGE. Essa trajetória de queda, combinada com o aumento da ocupação formal e o crescimento real da renda, reforça sinais de aquecimento no mercado interno. Com mais trabalhadores empregados e maior massa salarial disponível, a tendência é de estímulo ao consumo, ao setor de serviços e à arrecadação tributária. Caso o movimento seja sustentado ao longo do segundo semestre, os efeitos positivos poderão se estender para a retomada do investimento privado. Ainda assim, o cenário exige cautela diante do atual ciclo de juros elevados, da desaceleração global e das incertezas fiscais internas.