A inadimplência das famílias em São Paulo subiu em julho e alcançou o maior patamar dos últimos 15 meses, de acordo com a FecomercioSP. Apesar de sinais positivos no mercado de trabalho, o número de famílias inadimplentes voltou a crescer na capital paulista.
Inadimplência das famílias avança para 22,1% em julho
- 22,1% dos lares paulistanos tinham contas em atraso em julho.
- É o maior índice desde abril de 2024.
- Isso equivale a 905,7 mil famílias inadimplentes na cidade.
- Em junho, a taxa estava em 21,6%.
- Em julho do ano anterior, era 19,9%.
- Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada com 2.200 consumidores.
Segundo a FecomercioSP, os atrasos refletem oscilações momentâneas no orçamento doméstico, sem evidência de degradação das rendas. A inadimplência dessas famílias permanece concentrada no curto prazo.
Endividamento familiar recua
A inadimplência aumentou, mas o endividamento familiar apresentou leve queda:
- A taxa de famílias endividadas recuou de 71,4% para 70,9%.
- São cerca de 2,9 milhões de lares com dívidas ativas.
- O cartão de crédito segue como principal fonte de endividamento.
- Financiamento imobiliário representa 15,7% das dívidas.
- A renda das famílias melhorou, segundo avaliação da FecomercioSP.
Esse contraste entre menor endividamento e aumento na inadimplência indica que o problema está mais ligado à gestão de fluxo de caixa do que ao volume total das dívidas.