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Deltan Dallagnol poderá devolver quase R$ 3 mi por prejuízo aos cofres públicos

Deltan Dallagnol, ex-procurador da República, enfrenta uma nova derrota judicial que pode resultar na devolução de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos. O Superior Tribunal de Justiça manteve a apuração sobre o suposto recebimento indevido de diárias e passagens durante a força-tarefa da Lava Jato. Com o Tribunal de Contas da União retomando a investigação, Dallagnol contesta sua responsabilidade, alegando que não era o ordenador de despesas. A decisão do relator destaca a importância da atuação fiscalizatória do TCU e a lesão à ordem pública provocada pelas liminares anteriores.
Deltan Dallagnol poderá devolver R$ 2,8 milhões após decisão do STJ
Deltan Dallagnol é alvo de decisão do STJ e poderá devolver R$ 2,8 milhões. (Bruno Spada/CD)

Em nova derrota judicial, o ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallagnol terá de enfrentar a continuidade da tomada de contas especial no Tribunal de Contas da União (TCU). Por maioria, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou seu recurso e manteve a suspensão da liminar que barrava a apuração. A decisão restabelece o andamento do procedimento que investiga o suposto recebimento indevido de cerca de R$ 2,8 milhões em diárias e passagens durante a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.

Procedimento aberto contra Deltan Dallagnol em 2020 volta a avançar

O TCU instaurou o procedimento em 2020 após representações de parlamentares e do Ministério Público junto à corte de contas. Em agosto de 2021, o ministro Bruno Dantas determinou a análise da diferença entre os valores pagos e o que seria gasto caso os procuradores tivessem sido formalmente removidos para Curitiba. A apuração indicou possível prejuízo aos cofres públicos de quase R$ 3 milhões, passível de cobrança dos integrantes da operação.

Dallagnol contestou a ação na Justiça. Alegou que não poderia ser responsabilizado, pois não era ordenador de despesas nem responsável pela gestão administrativa da Lava Jato.

União recorreu e obteve decisão favorável

O caso chegou a ser suspenso por liminar da 6ª Vara Federal de Curitiba, decisão confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Porém, a União recorreu ao STJ e obteve autorização para retomar a apuração de irregularidades. Em junho de 2023, a Corte Especial já havia negado outro recurso de Dallagnol, permitindo que o TCU prosseguisse.

Relator aponta lesão à ordem pública

O relator, ministro Humberto Martins, destacou que as duas liminares — a de 2023 e a mais recente — tinham o mesmo efeito: impedir a atuação do TCU. Por isso, ele defendeu a extensão da decisão anterior com base no parágrafo 8º do artigo 4º da Lei 8.437/1992. Além disso, ressaltou que não houve prova inequívoca de ilegalidade para suspender a apuração.

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