O dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor estatutário da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, foram presos nesta terça-feira (12/08) em uma ação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio da Polícia Militar. As detenções fazem parte da Operação Ícaro, que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda e grandes empresas do varejo.
De acordo com o MPSP, o grupo criminoso favorecia companhias do setor em troca de propina. As práticas incluíam manipulação de processos administrativos para conceder isenção de impostos e quitação irregular de créditos tributários, resultando em prejuízos bilionários aos cofres públicos.
Dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop acusados de pagar propina bilionária
A investigação aponta que apenas um auditor fiscal, também preso, teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas. Ele é considerado o principal articulador do esquema, que operava há anos, segundo as autoridades.
Ao todo, foram três prisões temporárias decretadas e a operação cumpre mandados de busca e apreensão em residências, sedes empresariais e lojas ligadas aos investigados. As apurações envolveram meses de análise documental, quebras de sigilos bancários e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
O MPSP informou que Sidney Oliveira e os demais suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação Ícaro permanece em andamento, e novas fases podem ampliar o número de envolvidos.