A pressão por profissionais qualificados tem impulsionado a terceirização de TI como solução estratégica para empresas brasileiras. Segundo a consultoria McKinsey, o país pode enfrentar uma lacuna de 1 milhão de vagas de tecnologia não preenchidas até 2030, caso a formação não acompanhe a demanda.
Dados da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) mostram que, entre 2019 e 2024, o mercado demandou 665.403 profissionais, resultando em um déficit de 30,2%.
“Profissionais de tecnologia têm um perfil distinto, muitas vezes já atuando para empresas estrangeiras e raramente buscando novas oportunidades ativamente”, destaca Jéssica Dutra, gerente de RH da Octafy.
Terceirização de TI como solução para o déficit de talentos
Na terceirização de tecnologia, empresas especializadas fornecem e gerenciam profissionais de TI, incluindo desenvolvedores, analistas e especialistas em segurança digital, com acompanhamento técnico e comportamental.
“Os feedbacks para o desenvolvimento são um trabalho a seis mãos, envolvendo colaborador, gestor e nossa equipe”, explica Jéssica.
A disputa com o mercado internacional não se limita ao fator salarial. “O salário emocional é muito importante, o profissional precisa se sentir valorizado. E um especialista brilhante tecnicamente, mas sem boas habilidades comportamentais, não é eficaz”, afirma.
O recrutamento especializado em TI também enfrenta escassez de profissionais. “Curiosidade e pesquisa contínua são essenciais, assim como domínio técnico para contratar certo”, observa Jéssica, que atua há sete anos na área. Empresas já utilizam metodologias próprias, mesclando indicadores quantitativos e análise comportamental, com prazos de 15 a 20 dias para encontrar especialistas.