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Bradespar no 2T25 tem queda de R$ 450 milhões no lucro

O lucro Bradespar 2T25 cai 16% para R$ 450 mi, com receita em queda de 17,2% a R$ 434,7 mi. As despesas com pessoal sobem 78,4% e administrativas avançam 8%, enquanto resultado financeiro atinge R$ 30,1 mi. Vale segue como principal fonte de receita.
Lucro Bradespar 2T25
A queda nos preços do minério de ferro foi o principal fator para a retração. (Foto: Divulgação/Bradespar)

O impacto da Vale foi decisivo para o desempenho da Bradespar no 2T25, que registrou lucro líquido de R$ 450 milhões, queda de 16% frente ao mesmo período de 2024. A receita operacional recuou 17,2%, para R$ 434,7 milhões, afetada pela menor equivalência patrimonial e pelos juros sobre capital próprio (JCP) pagos pela Vale (VALE3), principal ativo da holding.

A retração foi atribuída, principalmente, à queda nos preços do minério de ferro. Apesar disso, o CEO da companhia, Gustavo Pimenta, destacou que a Vale manteve desempenho sólido e segue no ritmo para cumprir seu guidance. A mineradora também anunciou a distribuição de US$ 1,45 bilhão em JCP, equivalente a R$ 1,89 por ação, com pagamento em 3 de setembro de 2025, beneficiando diretamente a Bradespar.

O resultado financeiro somou R$ 30,1 milhões, sustentado por aplicações e pela remuneração sobre impostos a recuperar. Além disso, a empresa ressaltou que mantém posição líquida de caixa, já que quitou todo o endividamento financeiro em exercícios anteriores. No 4T24, por exemplo, a Bradespar registrou prejuízo de R$ 86,9 milhões devido à menor receita da Vale.

Bradespar no 2T25 e aumento das despesas

As despesas gerais e administrativas subiram 8%, para R$ 2,13 milhões, enquanto os gastos com pessoal avançaram 78,4%, totalizando R$ 6,59 milhões. Dessa forma, as despesas operacionais alcançaram R$ 8,7 milhões no trimestre. Mesmo com a pressão de custos, a Bradespar afirma que segue focada em preservar liquidez e ampliar retornos por meio da participação nos resultados da Vale.

Avaliação técnica do desempenho da Bradespar no semestre

Os resultados da Bradespar no 2T25 mostram uma forte correlação com o desempenho da Vale, principal ativo da holding. A queda de 16% no lucro e a retração de 17,2% na receita operacional refletem a influência dos preços mais baixos do minério de ferro. O aumento de 78,4% nos gastos com pessoal também chama atenção e indica necessidade de maior disciplina de custos.

O cenário para a mineração no trimestre foi de pressão sobre preços, com oferta global elevada e demanda chinesa mais fraca. Nesse contexto, a distribuição de US$ 1,45 bilhão em JCP pela Vale trouxe fôlego ao caixa da Bradespar e sustentou dividendos. No entanto, a recuperação consistente das cotações do minério ainda depende de fatores externos, o que mantém a holding exposta à volatilidade do mercado.

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