Uma das recuperações mais emblemáticas do varejo brasileiro ganhou novo capítulo com o resultado Americanas 2T25, divulgado nesta terça-feira (12/08). A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 98 milhões, contra R$ 1,85 bilhão no mesmo período de 2024, evidenciando melhora operacional relevante.
A Americanas havia encerrado o 1T25 com prejuízo de R$ 496 milhões, acumulado entre janeiro e março deste ano.
O balanço da Americanas também trouxe avanço no Ebitda ajustado, que chegou a R$ 329 milhões, alta de 1.216% na comparação anual. Esse desempenho foi sustentado por maior eficiência de margem e queda nas despesas financeiras. A receita líquida subiu 24,7%, para R$ 3,84 bilhões, impulsionada por crescimento de dois dígitos nas vendas em mesmas lojas e pela otimização de sortimento e preços. Segundo a CFO da companhia, Camille Faria, a sazonalidade da Páscoa e a normalização do resultado financeiro foram fatores-chave para o trimestre.
Resultado Americanas 2T25 impulsionado pelo varejo físico
O resultado Americanas 2T25 mostrou que o GMV (Volume Bruto de Mercadorias), que representa o valor total das vendas antes de descontos e impostos, somou R$ 5,2 bilhões, alta de 15,6% sobre 2024. O varejo físico liderou o crescimento, com avanço de 35,7% e R$ 4,35 bilhões em vendas. Em contrapartida, o GMV digital recuou 68,7%. De acordo com o CEO Leonardo Coelho, essa queda está alinhada à estratégia de reduzir a dependência do marketplace e integrar canais.
Com os novos dados, a companhia reforça investimentos em modalidades como ship from store e pick up in store. As despesas administrativas e comerciais ficaram abaixo de 30% da receita líquida, o menor nível desde 2023, reforçando a busca por eficiência e entregas rápidas.
O desempenho da Americanas no segundo trimestre de 2025 sinaliza avanço na reestruturação. A continuidade dessa trajetória dependerá da manutenção do ritmo de vendas e da eficiência operacional.









