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Lucro do PagBank no 2T25 decepciona e expõe desafio de rentabilidade

O Resultado do PagBank no 2T25 surpreendeu com um crescimento de 18% na receita líquida, impulsionado por um salto de 61% no segmento de banking. Porém, o lucro líquido recorrente avançou apenas 2%, revelando desafios na conversão de expansão em ganhos consistentes. Com captação de R$ 43 bilhões e uma carteira de crédito em alta, a instituição enfrenta custos crescentes e a necessidade de eficiência. Descubra como esses fatores impactam o desempenho das ações da PagSeguro e o futuro dos bancos digitais.
Sede do PagBank em São Paulo, destaque para o resultado do PagBank no 2T25.
Na Bolsa, os papéis da controladora PagSeguro registram retração de 27,71% no acumulado dos últimos 12 meses. (Foto: Divulgação)

Em uma análise minuciosa dos números do balanço, o Resultado do PagBank no 2T25 revelou um contraste que chama atenção no mercado. A receita líquida subiu 18%, impulsionada pelo salto de 61% no segmento de banking. Mesmo assim, o lucro líquido recorrente avançou apenas 2% frente ao 1T25, passando de R$ 554 milhões para R$ 565 milhões. No comparativo anual, o ganho cresceu só 4%. O resultado evidencia a dificuldade da instituição em transformar expansão comercial em ganhos líquidos consistentes.

O lucro líquido contábil foi de R$ 537 milhões, alta de 7% em relação ao ano anterior. O ROE ficou em 14,5%. Já o lucro bruto somou R$ 1,9 bilhão, aumento de 7% no ano, dentro do guidance. Apesar da receita em forte alta, margens foram pressionadas, possivelmente por aumento de despesas operacionais, provisões e investimentos estratégicos.

Resultado do PagBank no 2T25: indicadores e carteira de crédito

A captação total alcançou R$ 43 bilhões, crescimento de 9% no ano. Os depósitos chegaram a R$ 37,2 bilhões, alta de 9% a/a e 10% t/t. A carteira de crédito expandida fechou em R$ 48 bilhões, avanço de 11%. A carteira de crédito total foi de R$ 3,9 bilhões, com alta de 34%, focada em produtos de baixo risco e alto engajamento.

Nos últimos 12 meses, o PagBank destinou R$ 1,9 bilhão a dividendos e recompras de ações. Há previsão de novos pagamentos no segundo semestre, dependendo de mercado, desempenho e aprovação do conselho.

Na bolsa, as ações da controladora PagSeguro acumulam queda de 27,71% em 12 meses. Encerraram 13/08 cotadas a R$ 10,20, abaixo da máxima de R$ 15,68 e acima da mínima de R$ 7,27 no período. O movimento reflete a cautela dos investidores quanto à capacidade de converter crescimento em rentabilidade.

Análise técnica e setorial

O Resultado do PagBank no 2T25 evidencia a disparidade entre o avanço da receita e o ganho líquido. O faturamento cresce rapidamente, mas o lucro líquido mantém variação tímida no trimestre (+2%) e no ano (+4%).

Isso sugere que o aumento do volume de operações vem acompanhado de custos mais altos para atrair e reter clientes. Também há impacto de investimentos em tecnologia e de provisões para perdas de crédito. A concentração em produtos de baixo risco preserva a qualidade dos ativos, mas limita margens no curto prazo.

O setor de bancos digitais segue competitivo, com disputas no Pix, no crédito e nos depósitos. Investidores, em geral, penalizam empresas que expandem a receita sem ampliar proporcionalmente a rentabilidade. Essa visão ajuda a explicar a queda das ações da PagSeguro no último ano.

“O contraste é claro: receita +18% e banking +61%, mas o lucro avançou só 2% no trimestre. O desafio agora é eficiência: transformar escala em rentabilidade sem abrir mão do risco”, destacou o especialista em finanças, Pedro Brandão.

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