Em um dos processos bancários mais acompanhados do ano, a compra do Banco Master pelo BRB segue suspensa por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A operação, anunciada em março, só poderá avançar com aval da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e da Assembleia de Acionistas. A palavra final do Banco Central também permanece em análise.
Por maioria, a 7ª Turma Cível do TJDFT decidiu em 13 de agosto que o contrato definitivo não pode ser assinado neste momento. Apesar disso, a corte autorizou a continuidade de atos preparatórios, permitindo que o BRB organize os próximos passos enquanto cumpre as exigências legais.
Compra do Banco Master pelo BRB
O acordo prevê a aquisição de 58% do capital do Master pelo BRB, em operação estimada em R$ 2 bilhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já aprovou a transação, mas a liberação do Banco Central ainda é necessária para a conclusão.
A negociação estabeleceu a divisão entre “good bank” e “bad bank”. O BRB ficará com os ativos saudáveis, enquanto cerca de R$ 23 bilhões em operações de maior risco permanecerão de fora. Segundo a Folha de S. Paulo, o banqueiro Daniel Vorcaro já colocou à venda ativos do “bad bank”, incluindo precatórios, direitos creditórios e a seguradora Kovr.
O jornal destacou que a Kovr já estava fora do escopo da compra do Banco Master pelo BRB, assim como o banco Voiter e o Banco Master de Investimento, para evitar conflitos de interesse. Na semana passada, o Banco Central aprovou um aumento de capital de R$ 1 bilhão no Master.