Um fim de semana de declarações fortes e impasse diplomático abriu caminho para o encontro entre Donald Trump e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, na segunda-feira (18/08), em Washington. A expectativa da reunião de Trump e Zelensky cresce após o republicano conversar com Vladimir Putin, na semana passada.
O presidente dos EUA, afirmou ter feito “grande progresso com a Rússia”, mas as negociações seguem sem definição sobre um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
Segundo o republicano, as conversas foram “produtivas em várias formas”, embora nenhum compromisso tenha sido firmado. O russo teria sugerido encerrar a guerra em troca do controle de Donetsk e Luhansk, regiões já ocupadas por Moscou.
Trump e Zelensky em reunião decisiva sobre a guerra
Além de Putin, interlocutores próximos de Trump reforçaram o tom das negociações. Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, disse à CNN que houve entendimento sobre “sólidas garantias de segurança” para Kiev, sem detalhar pontos do acordo. Já o secretário de Estado, Marco Rubio, defendeu que tanto Ucrânia quanto Rússia precisarão fazer concessões, mas evitou expor propostas.
Entre os cenários em debate, Moscou teria cogitado abrir mão de até cinco regiões: Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporizhzhia e Crimeia. Mesmo assim, a cúpula no Alasca encerrou-se sem consenso. Trump avaliou que há “boa chance” de paz, destacando a urgência de evitar mais mortes no conflito.
A reunião com Zelensky e líderes europeus será decisiva para medir até onde Washington está disposto a respaldar concessões e qual será o próximo passo no tabuleiro diplomático global.