O sonho da casa própria se transformou em perda para centenas de famílias vítimas do golpe financiamento imobiliário. No último dia 13 de agosto, a Polícia Civil do Paraná prendeu 12 suspeitos e cumpriu 45 mandados judiciais em nove estados, incluindo Paraná, São Paulo, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina, Pará, Alagoas e Sergipe. Com isso, a investigação revelou uma movimentação de R$ 500 milhões em contratos falsos.
Estrutura do golpe financiamento imobiliário
O grupo montava empresas de fachada, alugava salas em coworkings e publicava anúncios falsos para atrair clientes. Nesse processo, as vítimas eram levadas a escritórios, onde assinavam contratos fraudulentos e realizavam depósitos de entrada. Logo após o pagamento, os criminosos desapareciam com o dinheiro. Além disso, a quadrilha operava call centers clandestinos. Neles, colaboradores, treinados para convencer clientes, trabalhavam com metas de captação e recebiam comissões.
Operação da Polícia Civil contra a fraude do financiamento imobiliário
A investigação começou em janeiro de 2023, em Curitiba, quando policiais prenderam quatro pessoas em flagrante e conduziram 15 para depor. Posteriormente, em março de 2024, a segunda fase ocorreu no Amazonas e Tocantins, com cinco prisões e apreensão de celulares e computadores. Essa terceira e nova etapa prendeu 12 integrantes, incluindo líderes do grupo, em nove estados. No total, a operação resultou em 21 prisões desde o início do caso. Além disso, as equipes apreenderam R$ 60 mil em espécie, documentos e celulares, reforçando a robustez das provas coletadas.
Como se proteger do golpe financiamento imobiliário
Casos como esse mostram que a prevenção é fundamental. Por isso, especialistas recomendam:
- Conferir o CNPJ da empresa e a autorização no Banco Central;
- Desconfiar de condições muito vantajosas;
- Não pagar adiantamentos sem confirmar a legitimidade;
- Consultar o histórico no Procon e no Reclame Aqui;
- Verificar se o corretor possui registro no Creci.
Desfecho
A Polícia Civil do Paraná informou que as investigações continuam para rastrear o braço financeiro da quadrilha e identificar novas vítimas em diferentes estados. Segundo a corporação, a apuração busca também recuperar valores desviados durante o esquema.