O espaço para novos financiamentos federais estava perto de se esgotar em 2025, com mais de 60% dos limites já comprometidos. Para evitar um bloqueio de recursos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou em na sexta-feira (22/08) a realocação de R$ 1,4 bilhão, ampliando o acesso ao crédito do Novo PAC em 2025 para estados, municípios e projetos de infraestrutura.
Com isso, os governos estaduais e municipais ganharam mais espaço para contratar financiamentos com aval da União. O limite disponível para essas operações passou de R$ 7,0 bilhões para R$ 7,3 bilhões. Já no caso do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), a linha com garantia da União aumentou de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,5 bilhões, o que garante mais recursos para obras públicas e projetos de infraestrutura.
Ajustes em linhas pouco utilizadas
Para abrir espaço, o CMN cortou limites com baixa demanda. O crédito do PAC sem garantia da União caiu de R$ 2 bilhões para R$ 1 bilhão. Já as Parcerias Público-Privadas (PPPs) passaram de R$ 500 milhões para apenas R$ 100 milhões.
O Ministério da Fazenda destacou que os entes públicos já comprometeram mais de 60% da linha com garantia. Nesse cenário, a realocação garante fôlego imediato às operações de crédito público. Além disso, o CMN revisou a forma de calcular os juros em financiamentos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC). Agora, a metodologia segue o padrão do BNDES, diferenciando encargos do Fundo e das instituições financeiras.
Pacote emergencial para exportadores
No mesmo encontro, o CMN lançou um pacote de R$ 40 bilhões para empresas brasileiras atingidas pelo tarifaço de 50% dos Estados Unidos. O BNDES, por sua vez, adicionou R$ 10 bilhões, priorizando companhias que registrarem perdas superiores a 5% no faturamento bruto.
Com isso, o governo busca proteger setores estratégicos da economia nacional, como o agronegócio e a indústria de transformação. O objetivo é evitar retração nas exportações e preservar empregos.
Crédito do Novo PAC em 2025 e efeitos práticos
A Resolução nº 5.241/2025 confirmou a estratégia de redistribuição de recursos, sem ampliar o teto global de R$ 21,4 bilhões. Para estados e municípios, o reforço no crédito do Novo PAC amplia a capacidade de contratar obras e modernizar infraestrutura urbana. Para exportadores, por outro lado, o pacote especial garante previsibilidade em meio às barreiras impostas pelos EUA.
No conjunto, o governo combina reforço ao Novo PAC em 2025 e apoio ao setor externo. Assim, a estratégia busca equilibrar prioridades internas e externas, blindando a política econômica contra choques globais.









