Os dividendos da Petrobras previstos para 2025 não soaram negativamente ao mercado, mesmo após o UBS BB reduzir o preço-alvo das ações PETR4 de R$ 46 para R$ 42. O banco apontou que, apesar da cautela com a cotação, a companhia deve manter fundamentos positivos, sustentando bons pagamentos a seus acionistas e reforçando a resiliência frente às incertezas políticas de 2026.
No relatório divulgado em 22 de agosto, o UBS destacou:
- R$ 7,6 bilhões em dividendos para 2025;
- 10% de dividend yield projetado para o próximo ano;
- US$ 9,6 bilhões em 2026, equivalentes a 14% de retorno;
- 8,5% de retorno em cenário conservador em 2025.
Produção crescente impulsiona dividendos da Petrobras
O otimismo do UBS também se apoia na expansão da produção. O volume diário avançou:
- 2,09 milhões de barris/dia no 4º trimestre de 2024;
- 2,32 milhões de barris/dia no 2º trimestre de 2025;
- 2,47 milhões de barris/dia em julho de 2025.
Além disso, a companhia prevê:
- 13 novas plataformas até 2027;
- 5 unidades de grande porte entre 2025 e 2027, cada uma com capacidade de até 225 mil barris/dia;
- Expansão estimada de 20% na produção entre 2024 e 2028.
Valor menor não altera visão dos investidores
Apesar da redução no preço-alvo de R$ 46 para R$ 42, os analistas reforçam que a Petrobras segue negociada a múltiplos atrativos: cerca de 4 vezes o lucro, contra mais de 11 vezes observados entre pares globais.
Quanto às eleições de 2026, o UBS BB afirmou que ainda é cedo para antecipar impactos relevantes, mas ressaltou que os fundamentos positivos garantem o pagamento de dividendos da Petrobras no curto prazo, mantendo atratividade para investidores.