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Venda da Braskem (BRKM5) expõe crise financeira e disputa por controle

A venda da Braskem (BRKM5) não é apenas uma transação empresarial; é uma disputa que pode redefinir o futuro da maior petroquímica do Brasil. Com uma alavancagem alarmante e um consumo de caixa que ultrapassa R$ 1,4 bilhão, a empresa enfrenta uma crise financeira sem precedentes. As agências Fitch e Moody’s já rebaixaram seus ratings, alertando sobre os riscos que podem se agravar nos próximos meses. A Petrobras, com sua significativa participação, observa atentamente e pode influenciar o desfecho. Descubra como essa negociação pode impactar o setor petroquímico e o mercado como um todo.
Venda da Braskem (BRKM5)
Negociações da Braskem acontecem em meio aos rebaixamentos de rating em 2025. (Foto: Divulgação)

A Venda da Braskem (BRKM5) deixou de ser apenas uma negociação empresarial e passou a simbolizar a fragilidade de uma das maiores petroquímicas do Brasil. Na sexta-feira (22/08), a ação companhia fechou a R$ 8,55 na B3, acumulando queda de 51,11% nos últimos 12 meses. O movimento reduziu o valor de mercado da companhia para R$ 7,14 bilhões, reforçando a pressão por uma solução rápida.

Venda da Braskem em meio à crise de caixa

Entre abril e junho de 2025, a Braskem registrou alavancagem de 10,6 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda. Esse salto de 33% em relação ao trimestre anterior mostrou o tamanho da fragilidade. Além disso, o consumo de caixa foi de R$ 1,4 bilhão, sinal de que a empresa está gastando mais do que consegue gerar. Nesse cenário, o negócio é visto como urgente para evitar um colapso maior.

Riscos financeiros da venda da Braskem

Na última semana, as agências Fitch e Moody’s rebaixaram os ratings da petroquímica. Os analistas alertaram que o fluxo de caixa seguirá pressionado pelo passivo ambiental em Maceió, pela estagnação global do setor e pela queda dos spreads petroquímicos. A Moody’s destacou ainda que a situação crítica pode se arrastar por até 18 meses, mesmo que a operação de venda avance.

As disputa pela compra da Braskem

A negociação da Novonor com o fundo Petroquímica Verde, de Nelson Tanure, perdeu a exclusividade na sexta-feira (22/08), mas as conversas continuam. Agora, a venda da Braskem deve ganhar novos capítulos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Petrobras, dona de 36,1% do capital total e 47% das ações com voto, já se posicionou como terceira interessada e mantém preferência sobre a fatia em disputa.

Possíveis efeitos da com a negociação da Braskem

Segundo a Fitch, a entrada de um novo controlador poderia levar a uma reestruturação de dívidas, aumentando os riscos para credores e acionistas. Para consumidores e o mercado, uma mudança brusca de gestão pode significar ajustes de preços, cortes de produção e até impactos em cadeias industriais dependentes de insumos petroquímicos.

Com isso, a venda da Braskem se mantém cercada por incertezas: pressão financeira, entraves regulatórios e interesses de gigantes como a Petrobras. O resultado final não será apenas um negócio, mas um movimento capaz de redesenhar o setor petroquímico brasileiro.

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