Exportadores brasileiros viram embarques aos Estados Unidos despencarem após o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump. Indústrias acumulam mercadorias em portos e já falam em demissões. Para reduzir as perdas, o governo lançou o Plano Brasil Soberano, que tem o crédito do BNDES
O programa prevê até R$ 30 bilhões em crédito do BNDES, com juros anuais de 0,66% a 0,82%. O prazo é de cinco anos, com carência de 12 meses. Nesse modelo, empresas que perderam mais de 5% da receita terão prioridade no financiamento.
Critérios e garantias do crédito do BNDES
Segundo o presidente do banco, Aloizio Mercadante (foto), companhias beneficiadas precisam manter a média de empregos dos últimos 12 meses. Se descumprirem, a Selic passa a corrigir os contratos do crédito do BNDES. Para micro e pequenas empresas, haverá garantias adicionais via PEAC-FGI e FGO, assegurando apoio financeiro mais amplo.
Além disso, o crédito inclui R$ 10 bilhões em linhas emergenciais, com juros de 1,15% ao mês mais spread bancário ou taxas ligadas ao dólar. Esses recursos serão financiados por LCDs (Letras de Crédito do Desenvolvimento), ampliando alternativas de liquidez.
Impacto prático
Setores como o calçadista, madeireiro e de armamentos já reduziram turnos e concederam férias coletivas. Agora, aguardam o crédito do BNDES para evitar cortes em massa e preservar empregos. Por outro lado, o programa estimula a diversificação de mercados, reduzindo a dependência dos EUA. Dessa forma, o crédito do BNDES pode redefinir a posição do Brasil no comércio internacional.