A entrada da B3 no mercado de pagamentos digitais ganhou novo capítulo com a aquisição da Shipay pela B3, anunciada nesta terça-feira (26). A bolsa brasileira fechou contrato para assumir 62% da fintech por R$ 37 milhões, marcando um movimento estratégico para além da negociação de ativos financeiros.
Aposta em infraestrutura de crédito com aquisição da Shipay pela B3
A operação ainda depende do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da notificação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mas já sinaliza a intenção da B3 de consolidar-se como provedora de infraestrutura de crédito. O foco é o mercado nascente de duplicatas escriturais, considerado promissor para ampliar o acesso de empresas a novas formas de financiamento.
Shipay como hub de pagamentos
Fundada em 2020, a Shipay virou referência como hub de integração de pagamentos digitais. Atende varejistas e empresas com soluções que unificam o recebimento em várias plataformas. Sua tecnologia transacional já validada no mercado garante mais eficiência e segurança.
Sinergias e tendências de mercado
Especialistas avaliam que a aquisição reflete a busca da B3 por diversificação de receitas em um cenário de digitalização acelerada. O valor do aporte pode parecer modesto frente ao porte da companhia, mas tem potencial de gerar retornos relevantes à medida que o ecossistema de transações digitais cresce. A tendência segue padrões globais, em que bolsas e infraestruturas financeiras expandem atuação para tecnologia de pagamentos e crédito corporativo.
No médio prazo, a aquisição da Shipay pela B3 pode transformar a bolsa em um ator central não apenas nas negociações de ativos, mas também no suporte às cadeias de financiamento e ao varejo digital.









